terça-feira, 30 de junho de 2009

A Grécia Clássica

Os Fisiólogos e Poetas Pré-socráticos depositavam seus escritos em templos e ainda mantinham relações com o sagrado. Platão em seus diálogos propõe de forma dramática o Projeto Metafísico do Ocidente. A Poética assume segundo plano e a escrita perde o caráter de sagrado que os poetas gregos propunham. Com a lógica formal Aristotélica e o privilégio do raciocínio correto e verdadeiro, do bom argumento, o persudair e convencer: mantém viva a opinião verdadeira para as coisas do conhecimento. A palavra depositada no papel foi aceita como registro, documento vivo mas não propulsor das idéias e da trilha do conhecimento para a verdadeira opinião. Esta foi a decadência do espírito grego antigo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cartografia da Leitura

A reflexão e o ato da leitura complementado pela escritura passa a ser exercício do pensamento, atividade mental, mas também produção e criação de um espaço puramente virtual: cinematográfico e pictórico, imaginativo ou transcendental. A Leitura é esse ato de rasgar, de amarrotar, de torcer, de recosturar o texto para abir um meio vivo no qual possa desdobrar o sentido. O Espaço do sentido não pré-existe à leitura. É ao percorre-lo: ao cartografar que o fabricamos e que o atualizamos.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Maquiavel e o Poder

Todo poder ao príncipe afirma Maquiavel! O príncipe para manter a influência e poderio podia usar do crime, da força e da astúcia. Já que em todo lugar e a qualquer momento se vê ameaçado, qualquer decisão é o que define o tempo de prosseguir vivendo. O Príncipe afirma o deixar viver ou tirar a vida, a supremacia excessiva, o uso da força, o manter o domínio a custo de perder a própria vida. Para ele não existem direitos, príncipios morais - nenhuma ética. O governo do príncipe está no exercício da honra, da violência e do desmedido. A civilização não existe. O simbolismo de seu poder é o desregramento, o excessivo e a desmedida. O príncipe de Maquiavel foi a política da guerra pela conquista, manter a supremacia e o poderio, anexar novos territórios, governar através da violência - o ostentar a força!

domingo, 21 de junho de 2009

A Aparência do Homem das Letras

Machado de Assis com seus contos e romances, com suas histórias, com seus estilo de escrever e viver, com seus papéis: mostra a todos, o autor que é e que podemos encenar, o homem das letras de seu tempo. Acadêmico e pequeno burguês em suas finanças - O Clássico Brasileiro. Encenamos por vezes o Revolucionário Marx, o Dramático gênio louco de Nietzsche, o Doutor Professor Freud e prosseguimos vivenciando a ribalta. Podemos falar do bom gosto francês, da rigidez e formalidade do alemão, dos amores trágicos medievais, da esquisitice, dos gregos brincalhões. Vivenciamos o sentimento de Chopin numa ária tocada em nosso estúdio, onde a Poesia de Frenando Pessoa se faz presente. Cheiramos o pó dos livros para ser mais ou menos Hollderlin - o nobre bibliotecário amigo de Goethe. Sermos intelectuais do Porte de Sartre em sua luta pelo pensamento crítico e a "Aventura da Dialética" de seu Companheiro Merleau Ponty. Dois amigos de Foucault e Deleuze onde se desconfia e polemiza-se - se de fato são loucos. A aparência de quem quer chegar à "Verdade": a fantasia.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O Lirismo de Cecília Meireles

Cecília é Lírica
Poeta Mulher -;
Criança a Versar
Seus Sentimentos!

Mulher Sensitiva
Grave e Sentimental
Nunca a Poesia
Foi tão lírica...

Seus Versos
São tristes
Quanto um Pôr de Sol:
Da Existência...

O Feminino revelado
Em seus Anseios e Vontades
O Oculto da Mulher
Revelado e à mostra
Mulher Grave Cecília!

MÁRIO DE ANDRADE

Mário de Andrade
Ódio ao Burguês:
Em sua "Ode ao Burguês",
"Amar Verbo Intransitivo":
Romance Contido!

Versos Com estética
Desvairada e louca.
Rompante do Modernismo,
As formas livres e versos!

O inovar e criar
O Moderno e Urbano
São Paulo e os Céus:
Cidades e Metrópoles!
"Paulicéia Desvairada"!

Poesia Urbana e vertigem
Delírios e Metonímias
"Semana de Arte Moderna"
O Teatro abaixo!
São Paulo em desvairo!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

AUGUSTO MAYER

Augusto Mayer
Leu Proust -;
Por isso narra.
Mas é Gaúcho.

Brinca com o Poeta
Que ele realizava em si.
Bastante erudito,
Morador de Cidades...

Bilu Poeta Ri nos versos!
O Poeta Filosofa e Troça!
Seus Livros culturais!
Tradução oportuna!

Augusto Mayer
Gaúcho de Fé.
Belo na Poesia
Oportuna e grata!
Augusto: fecho seus livros!

terça-feira, 9 de junho de 2009

FERREIRA GULLAR

Ferreira Gullar
Em "Poema Sujo"
Agrediu a Poesia,
Para nosso bem...

A Liberdade Poética
Voltou a brilhar:
O Ativismo Político,
Jogar fora as regras...

Brilhante em síntese
Seus versos concisos
O Poeta ganha corpo,
Luta corporal: versos!

O Homem de mil faces
Escorregadio e tenso,
Corpo a corpo - poeta.
A Escrita Fisiológica!

domingo, 7 de junho de 2009

Marx e o Dinheiro

Nas condições históricas de Marx durante o século XIX o dinheiro era já fetiche: de valor relativo. Não era na venda da força de trabalho que se adquiriam riquezas. O Espaço da produção estava aberto e somente quem dispunha de capital para investir poderia acumular riquezas. O operário ou trabalhador com seu suor diário nem sempre dispunha das condições básicas para sua subsistência e renovar a força de trabalho.

sábado, 6 de junho de 2009

CIBERESPAÇO

É constituído de diversas modalidades de realidade - textual, sonora, de imagens, também jogos, programas, entretenimentos, correios e mensagens, sites, bibliotecas, listas de endereços, relações com a televisão e o cinema. A imprensa, o jornalismo e as universidades estão presentes. Existem locais onde a poesia, a literatura, a filosofia e diversos tipos de profissões estão expostas. Também afazeres e atitudes. Muito de proposta de trabalho intelectual e leituras de autores. O "Ciberespaço" mais que uma rede de informações, mais que centros e nós: é a articulação do mundo virtual para que ele exista e seja possível...

terça-feira, 2 de junho de 2009

SPINOZA E O SER

Spinoza não abandonou os conceitos metafísicos de ser, modo, substância e atributo. Insistia em categorias formadas pela História da filosofia. Existe uma única substância que é Deus: mas os atributos diferem em cada modo, quando o ser de cada atributo tem qualidades diferenciadas nos modos específicos... Para cada parcela da substância há infinitos modos possíveis. Os atributos vêm ao mundo e ganham existência em circunstâncias específicas, segundo os atos de cada agente e de cada ser... Afirmação da qualidade infinita dos atributos e de seus modos, de cada ser que ganha existência - porém a substância permanece a mesma e não altera a sua quantidade: embora haja participação dos seres e agentes. Não se altera a quantidade da substância. Existem imensas possiblidades a serem realizadas... Eis nossa felicidade e velada amargura!

PASCAL: O PENSADOR

A distinção entre Espírito de fineza e geométrico não foi o mais fundamental em seu pensamento. Entre a Teologia e a Filosofia concluiu de forma interessante acerca da natureza do homem: "O Homem" é um caniço pensante e não significa nada para o universo, posto que ele nem sabe disso, a grandeza do homem é ter consciência que seu pensamento abarca tudo e o universo não tem consciência nenhuma. Dizia que "Jesus Cristo" veio para nos salvar e que realmente era "Filho de Deus" - para Pascal Os Evangelhos confirmam. Os filósofos que não crêm em "Jesus Cristo" são meio homens e meio animais e que a filosofia embrutece. É preciso inclinar o coração a Deus dizia Pascal. Após polêmicas o pensamento cristão tornará a ser claro. O homem é pequeno frente a natureza e imenso em sua ética.

MEDICINA SOCIAL

O pano de fundo das ações médicas no que se refere à população mantém o caráter inibidor das doenças. Agem com certos padrões médicos, conceitos de saúde, noções de comportamento sadio, classificações de suficiência da inteligência, noções médicas de patologias e males, tentativa de impedir os distúrbios, de manter o padrão de saúde corporal e mental. O "Espaço da Cura" não é mais considerado, o doente é levado a suportar seus humores e males - doenças. O conceito médico de vida, organismo e de corpo: admite desde já insuficiências e padrões médicos de normalidade do organismo. Os médicos impõem alguns tratamentos sem risco de vida para o paciente - forçam-o a suportar. Também intervenção no seio da população e medicina social - casos médicos rotineiros.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O SUPER-HOMEM

Clark em sua maturidade guarda atrás dos óculos não a identidade escolhida, mas o arbitrário de sua inumanidade! Ser Super-Homem para ele nada mais é que estar só: por sua diferença. O Filme de Nietzsche é o dilema da Salvação da Humanidade - ao qual pouco se importava. Apenas indicou... Tamanha solidão gerou esta obra singular - fábula para os humanos. Penso que os Americanos não se iludem com Nietzsche. Talvez queiram até criticar! O Super-Herói por detrás dos óculos de lentes grossas, teatro do míope, sem jeito, estabanado, frente aquele que luta pela liberdade e justiça: "O Super-Homem" - parece-me não contraste, mas a impossibilidade que conheceu mesmo com seus poderes de não modificar a história: devido ao destino e escolha dos homens e da humanidade! Mesmo que permaneça a vontade de prosseguir nesta direção!

Hegel e o Poder

Em todos os momentos e sem interrupção Hegel não admitiu a submissão. É o apaixonante em sua trajetória. A liberdade para ele era caso de Estado. Só existiam Homens livres que fossem Homens de Estado. O Movimento da Cultura que era a realização do Espírito Absoluto, nada mais foi que a realização do Ideal da Humanidade, a síntese da realização da transformação do mundo - dialética. O Poder nada mais era que propriedade e posse. Algo que barganhamos em torno de uma conquista. É dramático. Gira em torno da não alienação do espírito, a obra e a tarefa a ser realizada. Em pleno Século XIX colocar a questão de ser senhor e da não submissão a qualquer estância sem perdermos nossa liberdade e individualidade, da realização na vida terrena, a consciência dos atos e não alienar-se enquanto coisa, ser objeto: este ideal fez de Hegel grande e grandioso. A mim também!

Comunicação em Massa

Desejamos veicular certa mensagem para intervir: este contexto onde há receptividade - endereçamos o "texto" que irá elaborar outra conjuntura - esperamos... formamos opinião. É feito diariamente pela imprensa. Outra formação e conjuntura, agentes para a nova situação. Esta formação de opinião também é informação e certa situação sugerida. Aceito plenamente esta tríade: "Código - Mensagem - Receptor". "Código" é o que vai pela cabeça do receptor e do que transmite, onde a decodificação é conjunta. "Liberdade! Informação! Atividade!". Eis a mensagem.

Poema Gráfico

{@ palavra}
§ Em nossa língua:
{Exprime}.

@ Linguagem
100% racional.

* Nosso processo formal
& Companhia...
/ Barramos o não-ser.

+ Tensão e + Força
# O poema gráfico é feito
E processado.

$ Habitamos de forma real
O Ser das coisas...

{ O poema Gráfico está pronto
Para sua "Arte Final"...}

§ BY!!

A Função K. na Obra de Franz Kafka

Após contos e novelas, também esboços e fragmentos de pequenas narrativas curtas, estórias: Kafka entra no mundo do romance. O Personagem Joseph K. nada mais é que uma função literária que prolifera e desenvolve o domínio da narrativa. Em todos os romances de Kafka - K. está presente. Ele faz a obra desenvolver, a narrativa se prolongar. A obra é imóvel em seu pensamento de autor: quase um bloco de pensamento literário e fuga das suas condições reais de existência - vida de escritor e funcionário público vigiado. Os romances de Kafka são absurdos e fantásticos, o processo de K. e a medição das terras que nunca findam. Relações perigosas e contestação da lei, da autoridade, o absurdo da relação com a mulher, fotos e quadros de certo ambiente. Estes romances são disparatados, obtusos, com ambientes em hotéis, tavernas, escritórios, juizados e pequenos objetos: fotos e quadros, certa entrada, pápeis e documentos, o beijo: policiais, costumes de certas cidades, o olhar numa fresta, construindo o desconexo e o obtuso, o fantástico de sua visão romanesca com seu personagem Joseph K. - a obra prossegue abrindo subterrâneos e séries fantásticas de escrita, blocos de pensamentos, o pós-moderno que Kafka construiu!