A SENHORITA MEMORIOSA
Marcos Silva Oliveira
Recebi das mãos de uma gentil senhorita esta missiva de 1818 do Barão de Canterbill para Sr. Anthony Charles Briddey. Foi me dada para que a guardasse. A senhorita Missdrey pediu que a deixasse primeiro a ler em voz alta e que devido ao tempo, estamos em 1908, a guardasse nas relíquias de família. Adiantou que outras cartas poderiam encontrar-se em seu sótão, guardadas ainda como segredo. O futuro escolherá outras mãos e personalidades para as conhecerem. Já que foram trocadas estas missivas, durante a revolução industrial ocorrida na Inglaterra. Quando ainda haviam sofredores. Pôs-se então a ler:
Sr. Anthony Briddey
As máquinas de meu galpão têxtil, movida por crianças e mulheres, por 2 sopas ralas, algum agasalho, muito barulho e infernais, alguns homens que as provem de combustível, com a produção em larga escala: baixamos o preço do linho. Os rolos de tecido já prontos: os tingimos de escarlate. É preciso também falar das febres. Os esgotos da rua a céu aberto. Muita gente estropiada. A neve dia a dia, retiramos com a pá defronte a porta. Deverei comprar de ti alguns suprimentos e novos teares. Aguardo atenciosamente resposta.
Barão de Canterbill.
A senhorita Missdrey estava pálida. Mal articulava a voz de apreensão. Disse a ela que no ano de 1908 corrente: estes acontecimentos inexistem. Ela então sorriu, levou a carta junto aos seios, após a ter dobrado, pediu-me para a deixar retornar ao cofre, em seu sótão, onde estão outras estão para serem lidas em um futuro promissor.
Estou bastante comovido. Há uma promessa de felicidade. O ar de Londres, outra vez, é gasoso, mas, ainda nos apraz o respirar.
Alegre / ES, quinta-feira, 05 de Janeiro de 2012.
Marcos Silva Oliveira
Recebi das mãos de uma gentil senhorita esta missiva de 1818 do Barão de Canterbill para Sr. Anthony Charles Briddey. Foi me dada para que a guardasse. A senhorita Missdrey pediu que a deixasse primeiro a ler em voz alta e que devido ao tempo, estamos em 1908, a guardasse nas relíquias de família. Adiantou que outras cartas poderiam encontrar-se em seu sótão, guardadas ainda como segredo. O futuro escolherá outras mãos e personalidades para as conhecerem. Já que foram trocadas estas missivas, durante a revolução industrial ocorrida na Inglaterra. Quando ainda haviam sofredores. Pôs-se então a ler:
Sr. Anthony Briddey
As máquinas de meu galpão têxtil, movida por crianças e mulheres, por 2 sopas ralas, algum agasalho, muito barulho e infernais, alguns homens que as provem de combustível, com a produção em larga escala: baixamos o preço do linho. Os rolos de tecido já prontos: os tingimos de escarlate. É preciso também falar das febres. Os esgotos da rua a céu aberto. Muita gente estropiada. A neve dia a dia, retiramos com a pá defronte a porta. Deverei comprar de ti alguns suprimentos e novos teares. Aguardo atenciosamente resposta.
Barão de Canterbill.
A senhorita Missdrey estava pálida. Mal articulava a voz de apreensão. Disse a ela que no ano de 1908 corrente: estes acontecimentos inexistem. Ela então sorriu, levou a carta junto aos seios, após a ter dobrado, pediu-me para a deixar retornar ao cofre, em seu sótão, onde estão outras estão para serem lidas em um futuro promissor.
Estou bastante comovido. Há uma promessa de felicidade. O ar de Londres, outra vez, é gasoso, mas, ainda nos apraz o respirar.
Alegre / ES, quinta-feira, 05 de Janeiro de 2012.
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