quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Texto no Caderno Pensar "A Gazeta" de Vitória

Confirmado no dia 24 de dezembro, sábado, no Caderno Pensar, texto a ser publicado: “Educação em Piaget e Wygotsky” – Jornal A Gazeta de Vitória.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Matéria em "A Gazeta" de Vitória

O Jornal “A Gazeta” de Vitória publicará texto “Educação em Piaget e Wygotsky” creio que no caderno “Pensar”. Estou feliz por que está até na moda ler este caderno no momento. Sairá com foto e perfil profissional. Não é legal?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

IMORTALIDADE

O tempo e a eternidade
Sonho da vida eterna -,
O Homem e os deuses,
A comparação feita -;
A imortalidade salva!
Sócrates está vivo
Ele ri dos algozes
O instante existe.
Veremos depois:
O portal eterno!
O universo é mágico:
A natureza solene -;
Grave é a vida...
Morrer é doce...
A Imortalidade!
Platão vive no instante,
E agora é acusado...
A poesia renasce!
República em festa...
Renasço platônico!
O tempo e o espaço
A curva do tempo
Outra dimensão!
Solene e grave,
É o eterno ou imortal!
Minha morte não doeu,
Morte rápida de herói,
Renascerei das cinzas.
A poesia atingiu a vida,
Conquistei o eterno!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Demiurgo

O Ocidente se confunde com o Ocidente!
O sonho de beleza da forma: sua retidão.
O homem estátua! Modelado e impassível!
Esculturando e idealizando a existência...

Pensou que o estilo faz o homem!
Adentrou nas profundezas e modelou
Seu projeto de existência da angústia.
Se viu belo, verdadeiro e retilíneo!

Seu olhar perdido no horizonte
Revelou as dobras do pensamento,
Modelou do sonho o corpo e a virtude,
Nunca duvidou que é capaz e apto.

Desmorona o Ocidente contemplativo.
O homem surgiu com seu estilo!
Seu projetou modelou a estátua:
Aguarda a hora de vê-la viva!

domingo, 20 de novembro de 2011

EDUCAÇÃO

“Texto Constitucional de 5 de Outubro de 1988. Cap.3. Seção I. Da Educação. Art. 206. II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, a coexistência de Instituições públicas e privadas de ensino – VI – Gestão democrática do ensino público, na forma da Lei; Art. 208 § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”.


Ao adentrarmos no espaço da digitalização, da educação pública, toda sorte de recursos para a comunicação e manifestação do pensamento, inclusive propagação e a formação do ensino democrático livre, encontramos toda sorte de adeptos, de aprendizes, de colaboradores e a iniciativa de aprender e ensinar – a concepção pedagógica da liberdade, pública, cidadã e plena de cooperação: ajuda. O espaço social e das relações, a pessoa do pedagogo e do aprendiz, em um processo de aprendizagem aberto, de comunicações e transmissões – veiculação do saber. As condições de urbanidade, de formação de grupos, de agenciamento em instituições, sejam de ensino, ou públicas e a entrada em diversos espaços onde a pedagogia da liberdade é constantemente frisada. O mural, a biblioteca, a livraria, a sala de aula, as relações com professores, a instituição de ensino feita obrigatória, lugar de passagem, a manifestação em jornais, a distribuição de escritos, o diálogo, a opinião pública, o afirmar a posição política enquanto especulação, o pluralismo das idéias devido o convívio com profissões diversas e locais que servem ao ensino subjetivo. Esta forma de educação é contínua, ao ar livre, uma espécie de ginástica conceitual, de concepção pedagógica livre. Há agenciamento da família, relações com a biblioteca, com a livraria, com o diálogo, com a impressão de escritos, relações com instituições de ensino, a via pública ou a praça: feitas locais de manifestação política, o mural, a caixa de correio, a mensagem, a formação de enunciados e palavras de ordem, diversos grupos em relação de aprendizagem. Inclusive a sociedade informatizada. Este processo de educação é uma espécie de ginástica do pensamento, ao ar livre, muita liberdade de aprender e ensinar – educação constante e contínua...

domingo, 13 de novembro de 2011

A Paixão de Pensar

Quando um Leonardo da Vinci desenhou e imaginou todos aqueles inventos e faltou a engenharia de sua época a realização: isso me comove...
O Exemplo de Julio Verne com sua literatura fantástica e ficções, o imaginar viagens espaciais ou a visita ao centro da terra, e ele ser apenas escritor que fantasia e hoje ser possível, algumas de suas aventuras e viagens me encanta...
O fato de um operário trabalhar dias e dias, mover as máquinas e ver de seu trabalho a fonte de sua vida, e também fazer política, passar por horas difíceis e miseráveis, e algum dia organizar-se e defender seus direitos, revolucionar-se, lutar por condições dignas de vida, mas nunca deixar de lado seus afazeres, é a mostra de que existe algo admirável no gênero humano.
Quando alguém é contrário ao incêndio das florestas e se diz ecologista e defende a vida, em prol de um eco-sistema natural onde preserve outras formas de vida e lutam por manter a face do planeta com seus seres vivos e é obstinado nesta luta, e briga por maior sensatez para a exploração dos recursos naturais, vejo que o homem é incansável na busca do verdadeiro bem.
Admiro alguém que empunha armas e bombardeia o país vizinho, morre por medidas necessárias, busca solucionar o conflito, pratica a violência, quer o bem de sua pátria e quase engole seu próximo, vai ao extremo, percebo que há algo no gênero humano, assim como a luta entre a vontade de viver e o instinto de morte, onde nunca saberemos quem vencerá, mas quando buscarmos as razões, esta atitude extrema se revelará dramática para a espécie, para o que crê determinado povo...
Diante desta exposição a minha paixão de pensar nota todas estas contradições e o conflito e a incerteza, a busca do melhor para o gênero humano, revela-se uma aventura, drama onde a busca da verdade e certeza do melhor, promove nossos instintos, as razões, o amor, o gesto do punho eriçado, a paixão de viver que me prende a este planeta contraditório...
A raça humana vive o drama de seu projeto, de sua caminhada, a tentativa de habitar a terra lutando por ideais e crenças e o homem morre para o que crê, vai até ao paroxismo...
Este dilema dos povos, das raças, das nações, do homem, do gênero e da espécie, desta escolha em ter: por exemplo, esta casa no monte e uma vida tranqüila, mulher e filhos, esconde o heroísmo da escolha do homem comum. O meu pensamento vagueia diante desta obtusidade, diante do heroísmo de qualquer opção, do absurdo por vezes da ação, deste estilo de vida contrário ao meu parceiro, desta guerra onde quero o meu bem, e onde o drama de viver é questionado, onde meus valores precisam ser pensados, onde cedo ao outro, onde vejo o crime, as mãos de alguém em gesto de dádiva, o drama da espécie humana, minha paixão e razão de viver é pensar esta riqueza e contradições...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Filósofo Legislador


Kant demonstrou que não conhecemos nem o sujeito nem o objeto em si. Muito menos que desvelamos a verdade, mas sim que na ciência – legislamos.
Afirmava que certos fenômenos eram submetidos a vontade humana. Que se dobrava ao bel prazer de nosso interesse.
Ora, o filósofo legisla acerca da natureza humana e a natureza física – o cosmos.
Esta hipótese cosmológica, portadora de dialética para o conhecimento humano, impunha-se segundo certa lógica não de descobertas, revelações, mas no controle do fenômeno – aparição.
Que a verdade deixa-se conhecer segundo a vontade humana. Os fenômenos eram observados e o sujeito e os objetos de estudos, dobravam-se a nossa índole e trato.
Legislar para ele era conhecer na medida em que a natureza, os fenômenos físicos e o cosmos, eram diagnosticados para conhecer suas características.
Propunha a saída fenomênica, ao contrário da relação sujeito-objeto.
Bastante inteligente este percurso do conhecimento e da ciência – nova solução para o pensamento, intervenção do homem com a legislação - para desvendar o constatável...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

CURIOSO

Gosto de pensar – raciocinar. Estive pensando no imperativo categórico Kantiano: “tu deves!”. Após longos rodeios, a liberdade como conceito. E em demais classificações. E o conseqüente e imenso número de categorias do pensamento moderno. Devido ao plural de disciplinas e campos – o continente da investigação: avistei. Será preciso usar o recurso de afirmar ser moral estas especulações? Bem: de fato, constatei que não há livre arbítrio de pensarmos o que quisermos, ou o melhor na situação, durante a ação. Quanto mais quando ela se prolonga – dura. Não reconheço o eu. A qualidade do sujeito. O conhecimento inibe nossa ação, deste fato: “ - que vergonha!”.

domingo, 23 de outubro de 2011

UM BONDE CHAMADO DESEJO (FRAGMENTO)


STELLA - Então você não acha que a sua atitude superior está um pouquinho fora de lugar?

BLANCHE - Eu não estou sendo nem me sentindo superior, absolutamente, Stella. Acredite-me, não estou! É só isso. É assim que eu vejo isso. Com um homem como Stanley, a gente sai uma, duas, três vezes quando está com o diabo no corpo. Mas viver com ele? Ter um filho dele?

STELLA - Já disse a você que o amo.

BLANCHE - Então tremo de medo, por você! E... Tremo de medo por você...

STELLA - Não posso impedir que você trema. Se insiste em tremer... (Pausa).

BLANCHE - Stella, posso falar... Francamente?

STELLA - Sim, pode. Vá em frente. Com a maior franqueza.

(Fora, um trem se aproxima. Elas ficam em silêncio até que o ruído se extingüa. Ambas estão no quarto. Sob a proteção do barulho do trem, Stanley entra, vindo de fora. Ele fica, sem ser visto pelas mulheres, segurando alguns pacotes nos braços, e ouve por acaso a conversa que se segue. Ele usa uma camiseta e calças de pano leve, riscado de azul e branco, e sujas da graxa).

BLANCHE – Bem, com licença da má palavra, ele é ordinário!

STELLA - Ora, sim, suponho que sim.

BLANCHE - Supõe! Você não pode ter esquecido tanto assim a educação que recebeu Stella, para estar só supondo que exista qualquer indício de cavalheiro na natureza desse homem! Nem sequer uma partícula, não! Oh, se ele fosse apenas... Comum! Apenas simples... E bom e saudável, mas, não. Existe alguma coisa francamente bestial nele! Você está me odiando por dizer isso, não está? (friamente) em frente e diga tudo, Blanche. Ele age como um animal. Tem hábitos de animal. Come, fala, anda como um animal. Há nele qualquer coisa de subumano, qualquer coisa de gorila como nesses quadros antropológicos que a gente vê por aí. Milhares e milhares de anos se passaram e aí está ele: Stanley Kowalski, o único sobrevivente da Idade da Pedra trazendo para casa a carne fresca da matança da floresta! E você... Você aqui... Esperando por ele? Talvez ele a ataque ou talvez grunha e beije você! Isto é, se já tiver descoberto o beijo. A noite cai e os outros gorilas se reúnem lá na cova da frente, todos grunhindo, bebendo; estraçalhando-se com ele. A sua "noite de prazer" como você chama a sua reunião de gorilas! Alguém rosna... Alguma criatura bota a mão em alguma coisa... E lá vem a briga! Meu Deus, Stella, talvez nós estejamos muito longe de sermos feitos à imagem de Deus. Mas, Stella, minha irmã, houve algum progresso no mundo desde então. Coisas como a arte, a poesia, a música, uma espécie de nova luz apareceu... Em algumas pessoas sentimentos mais nobres começaram a surgir... E são esses sentimentos que devemos cultivar. E fazer com que eles cresçam em nós, e agarrarmo-nos a eles, e fazer deles a nossa bandeira, nossa marcha escura, para onde quer que estejamos indo... Não, Stella. Não fique para trás com os brutos.

(Outro trem passa lá fora. Stanley hesita, lambendo os lábios. Então, subitamente ele se volta, furtivo, e se afasta da porta ao frente. As mulheres ainda não perceberam sua presença. Quando o trem termina de passar, ele chama através da porta da frente, que está fechada).

STANLEY - Ei, Stella!

STELLA (que esteve ouvindo Blanche atentamente) - Stanley!

BLANCHE - Stella, eu...

(Mas Stella já se foi para a porta da frente. Stanley entra descuidado, com seus pacotes).

STANLEY - Olá, Stella, Blanche voltou?

STELLA - Sim, ela voltou.

STANLEY - Olá, Blanche. (Sorri ironicamente para ela).

STELLA - Você deve ter entrado embaixo do carro.

STANLEY - Os malditos mecânicos do Fritz não sabem distinguir o rabo deles de... Eh!

(Stella o abraça com ambos os braços, com paixão, e bem à vista de Blanche. Ele ri e aperta a cabeça dela contra a sua. Por cima da cabeça dela ele ri ironicamente para Blanche através das cortinas. Enquanto as luzes vão diminuindo com uma luminosidade que permanece mostrando o abraço dos dois, a música do piano “blue”, com trompete e bateria, se faz ouvir).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

‎"A internet não é um ciberespaço monolítico ou "não-lugar". Em vez disso, ele é constituído por inúmeras novas tecnologias, utilizadas por diversas pessoas em muitas locações do mundo real. Consequentemente, há muito a ser ganho por uma abordagem etnográfica, atrrvés da investigação de como as tecnologias da Internet estão sendo compreendidas e assimiladas em algum lugar em particular (Miller & Slater,2001, p. 1).

domingo, 16 de outubro de 2011

FILOSOFIA DO ORÁCULO

***
(Em forma de Poesia)

Narra a lenda que quem consultasse o oráculo, seu destino estaria traçado. Assim fez Édipo anteriormente e toda a tragédia chegou ao final. A sabedoria do Rei e de todos, o desvencilhar da trama, mostra que a sabedoria excessiva, tentar controlar o destino é fora da medida, é algo contrário às leis da natureza, a verdade destas vidas se revela já conhecida, ou pronta a se desvelar – vir à mostra.
A figura do adivinho ou a verdade através da revelação, o querer saber a todo custo, o revelar os enigmas: significam um ato contrário às leis da natureza, à naturalidade, ao bom andamento de nossa existência.
A procura, o encontro, a busca incessante, o usar de todas as forças para contrariar o que vem acontecendo, o homem se mostra divino, feito um deus, o herói do seu destino ou dos protagonistas de qualquer história...
A ficção deixa de existir, a verdade que se revela, cega os protagonistas. Os atores da vida vêem a verdade nua: desvelada e posta à mostra, dos pés à cabeça...
O oráculo nada mais é que essa vontade de saber, de conhecer para agir, de controlar os acontecimentos, de ter a verdade a todo custo. Mas ele diz veladamente, com simbolismo, com luz e trevas, com argúcia, pondo à mostra toda ignorância anterior...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SUCESSO!

Os sociólogos americanos quando enfocam diversos grupos sociais presentes em instituições políticas, grupos econômicos com agentes sociais, certos indivíduos atuando em espaços públicos, carreiras que os atuantes desempenham funções múltiplas – os sociólogos quanto ao desempenho: os classificam em grupos de sucesso. Aos grupos de sucesso pertencem todos aqueles que de forma exemplar nos escalões da sociedade em suas empresas, obtiveram sucesso. Os presentes nestes grupos são intitulados de formadores de “superclasse” que em suas ações e labor: implementam peculiares níveis originais de status e riqueza. Estes grupos de sucesso constituem em seus inclusos as pessoas mais influentes do mundo. A sociologia americana destacou em seus procedimentos, o seu diferencial perante outros analistas da sociologia.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

POP FILOSOFIA


O filósofo é um estrangeiro em sua própria terra. A Grécia para ele é um rincão perdido em seus sonhos. A utopia da filosofia permanece viva na insistência em filosofar. Para ele o pensar é uma estranha fábula. Ele cria seus monstros, suas estórias, as fábulas, por exemplo, Hércules e sua túnica, Empédocles e as sandálias, Heráclito e Zeus jogando malha, assim como raciocina em como chegar à verdade, em ter clareza, em conhecer as forças da natureza...


O filósofo dá um crédito enorme à razão. Saber a razão de tudo que diz, do discurso que defende, a opinião que proclama – “o logos de onde fala...” A verdade da filosofia é uma batota por vezes, na boca de outros, de quem supõe o que seja filosofar. A filosofia é um crédito que abrimos a nós mesmos, a nossa individualidade, mas temos este discurso, para nos revelar: a filosofia ensinou a caminho que chega a nós mesmos. Não nos perdemos no labirinto de Teseu, nosso fio nem sempre é o caminho da convicção, mas o da permissão de prosseguir. É o que pedimos acanhadamente...


A vida moderna e atual é múltipla, o filósofo apresenta sua imagem, por vezes a do pensador, do professor, do poeta, mas isso é disfarce, máscara. O filósofo contracena, arma um teatro, monta um discurso, onde outros tomam voz. Vermos Sartre com sua prática Filosófica, através da literatura, com o escritor surgindo, a vida de pequeno burguês contestada, mas também a figura do crítico e revolucionário, que ele era, sua intelectualidade surgindo nas lutas eventuais, pelo ativismo político, nas ruas de paris. Enxergamos Foucault com a liberdade do pensamento, a favor do delírio, mostrando nos quadros de sua expressão, as disciplinas e o confinamento, a que fomos reduzidos, pelo aparelho “humanidades”. Poderemos ver em Barthes a literatura e a linguagem, surgindo inesgotável, para nosso prazer das lutas. A paixão do pensamento nas dobras do signo, numa linguagem amorosa, por vezes desperta para a sua tirania – a gramática. Nietzsche com seus grandes bigodes, na tentativa de esconder seu sorriso, aponta os artistas da violência, os poetas embriagados... Enfim, a Pop Filosofia é música e canção, é este gato que passa sorrateiro, nas sombras da noite, nos telhados da imaginação, mas também é fotografia, dos arranhas céus de qualquer metrópole, o urbano e denso que suportamos... A Pop Filosofia é uma canção de Belchior, ou do Kid Abelha, que colocam em pauta, a escritura, a análise, a educação. Muito de delírio, experimentação e este coração sangrando por uma pitada de liberdade e um pouco de imaginação.

domingo, 18 de setembro de 2011

Pós-escrito

A produção múltipla escrita, a função autor, o ofício de escritor através da experiência pessoal com gêneros variados, e também após adentrarmos realidades específicas distintas, modalidades, medindo as conseqüências e implicações, o que conseguimos e os efeitos, em suma, a amplitude desta ação, os agentes e atores, pessoas destacadas, para certos ofícios e nossas experimentações, objetivos e o conceito de livro-evento: tudo cristaliza em situações, conjunturas desejáveis e procuradas. O Evento Livro forma de conteúdo com significação ampla e geral. Denota estado de coisas realizável processado e instaurado – psicofísico[1]. O conteúdo da obra pretende expor ao leitor interessado a pergunta: se existem eventos psicofísicos. A filosofia do universo da escrita e do pensamento - filosofia da mente. Até que ponto existe uma literatura filosófica e sua importância para o evento-livro. Acontecimento singular. Especular a obra que seria um livro evento – acontecimento cultural e livresco. E sua importância para a carreira “acadêmica”. Qual seria a relação entre a ação humana e o corpo: a consequente cultura do livro, o pensamento e a mente. Uma crítica à filosofia contemporânea e sua linguagem. Propomos verificação de certas sentenças e proposições - afirmativas. A adequação do que vai pela mente e o mundo externo. A matriz do evento.


[1] Salientamos que não desconhecemos os nomes filosóficos Donald Davidson, Kim, Blaise Pascal e Richard Rorty. Embora nossas análises adquiriram sentido e direção bastante diferenciadas.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Discriminação

O livro a “Discriminação Negativa” de Robert Castel acerca de rebeldia de jovens das periferias de Paris em 2005, discorre sobre o fato de se proclamarem “Autóctones da República” e não cidadãos: pelo fato do Estado Francês ter falhado em suas políticas públicas quanto a este grupo e fatia social na região metropolitana. Apontam violência policial e discriminação negativa no que se refere à sua condição econômica. E pelo fato de sua grande maioria serem filhos de imigrantes de colônias francesas, e, certo racismo, por seu tipo físico. Há no livro manifestos e Rap para Marianne, estatísticas do governo francês, quanto à escolaridade, trabalhos exercidos e sua renda. O autor Robert Castel é muito lúcido e competente. Seu parecer político é favorável à esta luta desencadeada e indica mesmo haver questões raciais na frança e que deveria haver maiores informações estatísticas acerca deste fenômeno não só na frança, mas, em toda a Europa.

sábado, 27 de agosto de 2011

A IDENTIDADE HACKER

Todos os dias certo cidadão bastante conhecido em Recife adentrava uma Lan House e demorava no uso de seus computadores.
Algumas vezes foi visto pelo proprietário a buscar imagens e abrir diversos endereços de e-mail. Também escrevia textos curiosos e os selecionava.
Alguns dias depois, demorou longamente no espaço da Lan House. Havia aberto um Site e o registrado. Nesse momento pediu também que imprimissem certos cartões e o recortassem e no outro dia lhe foi entregue.
Foi visto por poucas pessoas quando se retirou da cidade em um táxi. Chegando em Olinda pagou o motorista e pediu que não comentasse o fato.
Conseguiu em poucos dias trabalho em um bar e local para dormir. O horário de trabalho era longo. Quando perguntavam quem era mostrava o cartão.
Deram-lhe por pessoa inteligente: pois se dizia escritor. Raras vezes executava seu trabalho paralelo de escritor. Seus escritos eram visto no Site.
Em pouco tempo foi conhecido como Daniel Souza. O que ganhava e as poucas regalias faziam de seus gastos mínimos. Era o suficiente para viver.
Era bastante simpático e afetuoso e afirmava lidar com computadores para propaganda de seu trabalho de escritor.
Meses depois disse que deveria ir embora. Retirou-se da cidade e foi dessa vez sem dizer para onde ia.
O fato é que havia mudado de nome. A identidade era falsa. Ninguém o soube. Havia dissimulado. O hacker foi-se desta cidade com o mito de “Daniel Souza” em Olinda e curiosa pessoa em Recife.
De fato era mesmo mais um anônimo na multidão. Uma pessoa sem rosto e identidade e um falsário e dissimulador. O hacker dos tempos modernos.

sábado, 20 de agosto de 2011

MENTES COM ABSTRAÇÃO

É muito difícil sustentar que cérebros e mentes são independentes da vida. Descartes duvidou que o mundo externo existia ou que havia sol e astros e que um gênio mau não o enganava, que havia sonhado estar neste quarto onde medita. Que duvidou ter corpo, mas, que de fato, pensava e existia. E disso não poderia duvidar – a certeza apodítica. Se degolarmos uma cabeça, apenas pensará – mas não sente. Por que não tem corpo. Quando me queimo meu cérebro que dá o comando para sentir a queimadura? Um computador é pleno de informações e dados. Mas não interpreta de forma humana, sentindo, experimentando, analisando e de forma singela? O cérebro seria hardware, receptáculo material? Um chip em meu cérebro funcionaria para avanço de inteligência? Seria já o ciborgue? Estas questões não me indicam a utilidade imediata de um robô. Fato é que a filosofia da mente ainda não explica se a mente existe independente e de forma abstrata. Uma abstração como um software.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

De Deus

Quando temos algo que é de Deus, não devemos nos apossar. Devemos sim procurar um lugar sagrado e ofertar. Como disse Kant a respeito da Coisa em si, se a escondemos e dizemos onde está, fatalmente este alguém a encontrará. Bem: depois de ofertado não é mais nosso: este bem. Alguém o tomou. Mas temos obrigação de dar coisa certa. E isso Deus sempre o fez, de modo magnânimo. Como diz o Adágio: "Vergonha é roubar e não poder carregar". Voltando ao assunto da oferta em lugar sagrado, destinado ao culto dos deuses, é que ele é reverenciado em sua infinita misericórdia. Bem: dado ao mundo o que é devido, o bem, ele se torna depois de tomado, um bem comum, devido a ser repartição, a parte que nos cabe e a parte do fogo. Então todos se repastam em torno da fogueira, contam histórias às crianças, a felicidade é geral, deus voltará a ser chamado em vão e nós dadivosos, que temos um bem para oferecer, nos livramos de uma carga. E leves partimos para o tempo da eternidade, cheios de luz e amor pela imortalidade.

domingo, 14 de agosto de 2011

PAPER


- Para gerar filmes de vidas de escritores, os lugares de cenas são estes:

1- Cenas em rua e casa do escritor. Ou Hotel e música dramática.

2- Cenas em bibliotecas ou livrarias.

3- Cenas escrevendo cartas com voz off e de fundo.

4- Amigos dialogando sobre literatura. Diálogo sobre autores conhecidos e sobre literatura. Conceitos...

5- Cenas em escolas e escritórios...

6- Encenando peças que escreveu ou poemas de preferência sua. Com voz...

7- O quarto e seus livros, o note-book e a máquina de escrever.

8- Matérias em Jornais, Manchetes e recursos cênicos...

9- Bate-papos em bares e restaurantes sobre literatura

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Queres entrar na Matrix?: “Tome este comprimido vermelho e não o amarelo”!!! Senão seu acesso será negado. Então entre!!: Tens a Senha?
Imagine você que chegues na cidade e pretenda montar uma peça teatral, tens a senha?, Então entre: a máquina começará a funcionar e serás reconhecido como teatrólogo!
Sabemos da praxe. Existem regras para qualquer arte.
O Pensamento de Jean Baudrillard afirma que existem objetos, e que eles estão em conjunto ordenadamente, e que esta estrutura montada, se dispõe segundos comandos. Não significa que o pensamento seja sujeito: é uma intensidade.
O mal será reconhecido, regra moral. O crime perfeito é pensar, o virtual também é pensamento, o visto nesta experiência, com nova disposição e formação dos “objetos”, a intensidade também é a destruição do real. Habitamos o pensamento que será nosso ser indefinido...
Eis a senha...

sábado, 6 de agosto de 2011

O FILME

AS EVENTURAS DE SUPER HOMEM

Clark Kent em sua maturidade guarda atrás dos óculos, não a identidade escolhida, mas o arbitrário de sua inumanidade!
Ser Super-Homem para ele nada mais é que estar só: por sua diferença.
O Filme de Nietzsche é o dilema da Salvação da Humanidade – ao qual pouco se importava.
Tamanha solidão gerou esta obra singular – fábula para os humanos...
Penso que os Americanos não se iludem com Nietzsche.
Talvez queiram até criticar!
O Super-Herói por detrás dos óculos de lentes grossas, teatro do míope, sem jeito, estabanado, frente àquele que luta pela liberdade e justiça, O Super-Homem: parece-me não contraste, mas a impossibilidade que conheceu mesmo com seus poderes de não modificar a História: devido ao destino e escolha dos homens e da humanidade!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Era uma vez, em uma residência para estudantes, certo filósofo: Félix Guattari promoveu uma palestra. Fui acordado de sono profundo, e, como já havia lido algumas obras suas - o ouvi. Quando comento a amigos, digo que falou de Brecht e não de Samuel Beckett. Talvez por que a morte o rondasse. Olhei seu corpo e como sou sensitivo, vi que logo iria morrer. Vim saber de seu óbito quatro anos depois. Disse que não fizessem perguntas. A tradutora trabalhava até com jogos de palavras. Algumas pessoas foram à frente e liam pequenos “recados” sobre o teatro. As pessoas aplaudiam. Conhecido meu falou sobre poesia, e, ele respondeu: “Bonito!”. Completamente catatônico. Sua voz era total. Plena de palavras. Jatos de intensidade. Esteve também em minha universidade. Dono de si mesmo, trajava suéter em um dia de calor. Para ele o teatro devia ser intensivo, teatro filosófico, pleno de recursos para qualquer vida aleatória – resposta ao drama de existir. Mas mesmo sendo elegante não me convenceu...

SARAMAGO (Fórum Social Mundial / 2002)


Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino, uma campânula de bronze inerte, depois de tanto haver dobrado pela morte de seres humanos, chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exacto e rigoroso sinónimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em acção, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

domingo, 31 de julho de 2011

FILMOGRAFIA



Budapeste (2009). Imagem Filmes. Diretor: CARVALHO, Walter. Baseado Vida/Obra de BUARQUE, Chico. Elenco: ANTONELLI, Giovana.

Clube do Imperador, O (2002). Europa Filmes. Diretor: HOFFMAN, Michael. Elenco: KLINE, Kevin.

Dias de Nietzsche em Turim (2004). Europa Filmes. Diretor: Júlio BRESSANE. Disponível na Internet.

Horas, As (2002). Imagem Filmes. Elenco: Nicole KIDMAN.

Mente Brilhante, Uma (2001). Paramount Pictures. Diretor: HOWARD, Ron.

Mundo de Sofia, O (2000). Versatil Home Vídeo. Diretor: GUSTAVSON, Erik.

Sociedade dos Poetas Mortos (1989). Buena Vista Sonopres. Elenco: WILLIAMS, Robbins.

1984 (1984). Lume Filmes. Diretor: RADFORD, Michael. Elenco: BURTON, Richard – HURT, John.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Estado Nação

A União Brasileira este estado democrático de direito, fundado na livre constituição de seus cidadãos e governantes, com modo representativo, regulado por entidades livres governamentais, instituições democráticas e civis, sem coerção aos parlamentares, com ideal da imprensa livre e transparente, organizações militares para segurança e soberania, também de vigilância, com economia capitalista e industrial na produção, de relações internacionais diplomáticas – configuram o estado nação em funcionamento.
O pluripartidarismo, a defesa dos direitos, a livre manifestação do pensamento, a concórdia nas organizações sociais, sejam elas de ensino, da cultura, econômicas, de governo, da posse da terra, de culto aos deuses, de grupos industriais, do livre comércio – agenciam a população útil em um sistema, que chamamos de nação brasileira ou os estados e a união.
A federação para nós é uma maneira de gerenciar este modelo e sistema. Papéis são emitidos, organizações são montadas, empreendimentos escolhidos, políticas e metas estabelecidas... Há uma certa diplomacia, há relações exteriores, há cidades e locais privilegiados, há investimentos econômicos estabelecidos, há regiões de interesse, há políticas de distribuição de rendas... Há até no sentido do estado nação, ou nação estado, controle do território, tropas para exercício da segurança, controle do espaço aéreo, do mar etc...
A representatividade, o que chamamos de corpo político, os parlamentares, a classe política no seu exercício dos poderes, os partidos e a mobilização social, o sistema eleitoreiro – é o funcionamento da federação. Entidade meio abstrata, mas real.
As cidades de médio e pequeno porte, a vida no campo, o clima da organização tem muito do improviso – não há política de adesão aos partidos, os impostos e sua coleta não impulsionam o progresso, as riquezas da terra tem para seu uso, vontade dos tempos...
Hoje há um clima internacional de unificar o planeta, de globalização, de fundir os mercados, de liberar as proteções alfandegárias, de internacionalizar...
O Estado Nação não é alvo de críticas, mas sim propostas de alteração da perspectiva central. Não mais soberania, não mais domesticidade do estado, mas um vínculo mais estreito entre as economias, as riquezas, o mercado, os investimentos – uma nova política internacional.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Contemporâneo

A Filosofia Contemporânea é uma disciplina ministrada nas Universidades. Para os Historiadores o contemporâneo começa depois da Revolução francesa e na filosofia após Freud, Nietzsche e Marx – durante o Séc. XIX. Forma uma panorâmica de conceitos da filosofia com os pré-socráticos, Platão e Aristóteles na época antiga e da Idade média com Agostinho e Tomás de Aquino. O revigorar das artes e técnicas no Renascimento. A época moderna com Descartes, Espinoza, Leibnitz e Kant para culminar em uma avaliação de todos os valores. Pensa a época e o mal estar da civilização, as noções de cultura, nossos valores de humanidade e homem, formula uma crítica à religião e seu dogmatismo, introduz conceitos antropológicos e das ciências sociais e ao seu lado: as psicologias e psicanálises, os pressupostos de qualquer saber atual, como a economia e a linguagem. A filosofia contemporânea é eclética. Muito atenta e desperta para reavaliar toda a história da filosofia e polemizar a Metafísica e Ontologia. Propõe modalidades de práticas filosóficas que re-asseguram uma estética e estilo para a nossa época.

terça-feira, 26 de julho de 2011

AÇÃO POLÍTICA

Vender a força de trabalho e também adestrar-se para técnicas: adquirir saber, conhecimento e novas informações. Produzir riquezas e vivenciar o que a época oferece de bens para consumo e satisfação. Eis o lema. Gostaria de salientar que sou favorável ao “Vale Cultura” para os trabalhadores brasileiros. E reivindicar apoio do governo brasileiro às instituições culturais e validar a função social e cultural de poetas, filósofos, literatos e demais agentes sociais que demandam e carecem de subsídios para se manterem em ações reconhecidamente válidas. Reivindicar apoio às Ciências sociais e humanas (Antropologia, Sociologia, História, Arqueologia etc), Academias e pequenos jornais, bibliotecas - para que as humanidades, letras e a cultura: persistam e permaneçam em nosso Território nacional. E para maior segurança econômica o PAC fortaleceria a indústria de base e a instalaria em novas formas: com outro parque industrial, reitero que esta sua instalação; geraria trabalho e emprego, serviços e fortaleceria o desenvolvimento e progresso do Brasil – garantiria infra-estrutura. Portos, aeroportos, ferrovias, estradas, hidrelétricas, hidrovias, fontes alternativas de energia, indústria de alimentos, exploração da flora medicinal, apoio às instituições científicas e tecnológicas. Controlar os recursos e as finanças. Este é meu parecer enquanto cidadão brasileiro!

sábado, 23 de julho de 2011

“O principal significado da idéia de pós-modernidade é que ela é algo diferente da modernidade. Ele indica, portanto, que a modernidade já não é a nossa forma de vida, que a Era Moderna está encerrada, que ingressamos hoje em outra forma de viver.”... “a idéia de ‘pós-modernidade’ pareceu-me desde o início uma solução provisória para o dilema.”... “só havia um pequeno passo a se dar para definir como “líquido-moderna” aquela forma emergente de vida”. pp. 11-12 Bauman "Legisladores e Intérpretes".

sábado, 16 de julho de 2011

A Mente Capta

Ao estudar ou propor uma filosofia da mente, admitimos a existência de certa adequação com o exterior e externo. O que ocorre em minha mente: acredito que sou humano, sonhos, imagens, sons, pequenas narrativas pictóricas que recordo: símbolos, fantasias – após as elaborar, conheço o mundo externo e a cada vez mais, a mim e outros. Digamos que o sonho seja a realização de um desejo. Mas sempre encontro uma coadunação da mente com realidade correspondente. Talvez precise lavar os pratos e organizar a cozinha – meu robot o fará. Não creio que ele precise se alimentar de alimentos orgânicos e seja asséptico, no pior sentido da palavra. Este meu notebook conectado a outros seres, nem sempre me revela contatos com humanos. Talvez a máquina esteja processando informações. Um chip ou determinada droga, mesmo uma “terapia” ou exame, não me fará mais competente. Em determinados casos poderei assentir. Quando meu corpo e mente responderem a determinadas conjunturas. Em outras palavras sei que minha mente e filosofia são confiáveis devido a me comportar devidamente em torno do mundo em que habito. Quando pretendemos perguntar como agir em relação ao que temos em mente, intervir, certa teoria da decisão. Talvez aja como autômato. Mesmo como humano que sabe que deve executar a ação programada senão será eliminado? Penso com dedos, olhos, mente e ao caminhar pelas ruas em passeio pleno de atrativos. Um cyborg fará o mesmo com perspectivas de bytes de informação. Talvez ele aja calculadamente através do comando dado – por meu alerta geral.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Seu espaço e ambiente, o cenário que mostra, as ruas e as cidades, a vida noturna e o “néon”, as casas e bares, a diversão e as escolas, o automóvel e a festa, a música variada, ruídos, sons, efeitos de luminosidade, o foco, o desaparecimento da voz off, a opressão das vidas urbanas, a manifestação dos jovens, a dança e estilos, modas revividas o figurino criativo, por vezes, são de montagem e retratação difíceis, o cenário é rico, facetado, pleno. Muito de modernidade e inventos, de Pop Art, da vida nas grandes cidades, de ambientes iluminados, de Brut Art, o teatro do absurdo! O delírio e a esquizofrenia, a psicose e o sociopata, a arte feita manifesto! Discursos delirantes, desconexos, construídos, a valorização da forma, do “Non Sense”, das rádios livres, o crime violento, a angústia e a neurose – o clima e ambiente das grandes cidades modernas. Esta contemporaneidade é encenada com dificuldade, o cenário e a montagem para retratação são custosos, muito de “A Morte do Caixeiro Viajante”, de “Diário de um Louco”, de “Eles não Usam Black-Tie”, de “A Serpente”, ou “Véu de Noiva”, mesmo, a simbolização que custa em sugerir qualquer tema psicanalítico, “Édipo Rei”, ou “Hamlet”, sendo mais cruel e chão – aquelas peças biográficas – Artaud, Van Gogh, a multidão na praça vendo o teatro circense, dos costumes, das figuras típicas, também fazem parte desta mostragem e retratação. O espaço do teatro atual e urbano é manifesto!!!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

BOLETIM INFORMATIVO ELETRÔNICO

www.softwarepublico.gov.br
Os usuários podem se tornar membro enquanto repartição pública e utilizar os softwares que são livres. Pequena lista de alguns softwares...
GNUTECA – Programa para Instalação de Bibliotecas Escolares até 100.000 livros. E-Nota – Software para sistema de emissão de notas fiscais públicas. EDUCATUX – Software com plataforma de materiais didáticos para professores e alunos. REDECA – Utilizado para rede social de proteção à criança e adolescente. E vide no site: muitos outros softwares úteis disponíveis...
www.dominiopublico.gov.br
Materiais para pesquisa educacional, teses e investigações, pesquisas universitárias e de pós-graduação, pode-se imprimir ou promover download.
www.bn.br
Site da “Biblioteca Nacional” onde registra-se livros, músicas, partituras, bibliotecas públicas e contém programas (softwares) para digitalização, faz-se ISBN e propriedade intelectual, bem como direitos autorais. Todo tipo de serviços.
www.cultura.gov.br
Notícias da política governamental do livro, da cultura brasileira, de promoção de recursos para o audiovisual, de museus, patrimônios e outras deliberações.
www.brasil.gov.br
Serviços de Seguro-desemprego, CPF, Aposentadoria. Notícias do governo brasileiro.
www.mc.gov.br
Licenças para Rádios e TV’s, Política Governamental de Inclusão Digital, Legislações (anexos) correspondentes. Política atual governamental das telecomunicações.
www.academia.org.br
Representante das letras no território brasileiro a “Academia Brasileira de Letras” oferece contatos, textos, consultas em bibliotecas, endereços de seus departamentos e outras deliberações neste site.
www.sbat.com.br
“Sociedade Brasileira de Autores” registra obras teatrais, libera espetáculos, autoriza representantes teatrais, licenças de companhias. Serviços relacionados ao teatro.
www.portaleditorial.com.br
Endereços de editoras, livrarias, distribuidoras e bibliotecas - leis referentes ao livro.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Serviços


Aumentamos o número das profissões, os papéis sociais avultaram. Pequenos personagens do mundo econômico com suas metamorfoses do dinheiro – bem como pequenas tarefas, empregos, cargos, com a venda da força de trabalho – fazem circular a moeda. Trabalho remunerado.
Por outro lado com a tecnologia instaurada, o desenvolvimento, serviços técnicos, mão de obra qualificada, o acúmulo de dinheiro surge, quando não a pequena empresa.
A um nível macro o estado tende a gerir as grandes obras e investimentos, o avanço das condições materiais e tecnológicas.
Certa classe tecnocrata, burocrata e portadora de cabedal, de técnicas e saber fazer, competente, gerencia condições privilegiadas – as empresas.
Nosso assunto que é os serviços, praticado por classe flutuante e instável, pronta a vender o suor e a força de trabalho, meio cumpridora de tarefas, que recebe o dinheiro por via duvidosa, tende a crescer assustadoramente, na medida em que não detém os meios de produção.
A população ávida de dinheiro para comprar a subsistência, multiplicará os papéis sociais, as técnicas e os serviços para o qual são competentes. Ganhar na labuta diária o pão nosso de cada dia.

terça-feira, 21 de junho de 2011

INTERNAUTAS


Marcos Silva Oliveira

Os computadores monitoram nossa inteligência e nos tornamos extensão desta máquina. Existem programas rodados no computador para diversas funções: textos, vídeos com câmera WEB, desenhos, música, animações, gravação de Cd’s-rooms, exibições de filmes, imagens, fotos e outros mais que podem ser armazenados no computador.
A WEB é uma rede de computadores mundial, onde há estocagem de informações disponíveis, estreito entrelaçamento com correios (e-mails), e-books, contatos com jornais, programações da TV, endereços de universidades, IPI’s pessoais, sites e blogs, bancos de imagens, portais onde serviços estão disponíveis. Além disso, atualmente a WEB e a Internet dispõe de bancos de dados e sites onde o Internauta livremente pode emitir e receber informações (inputs e outputs). E pretendemos nova geração de máquinas programadas para operar com linguagens simbólicas (Pierre Lévy).
Um computador plugado e conectado à internet significa pórtico para realidade virtual; abertura ao comércio eletrônico, informações sobre documentações e obras significativas disponíveis; fotoblogs, programas operacionais de engenharia e arquitetura, de diagramação de jornais, livros e revistas; todo tipo de novos formatos.
Há também sites de conversação e também de filmes prontos para download e canais de TV interativos; revistas eletrônicas de instituições e universidades, textos de sujeitos da era da informação e do conhecimento, internet de funcionamento interno de empresas (grupos econômicos) bancos e bolsas de valores onde a transação financeira é toda mediada por supercomputadores.
Contas de bancos, telefonias, documentação acessíveis via internet e usuários plugados e conectados com “inconsciente maquínico” – on-lines. Infovias de informações, dinamismos, internautas navegando e surfando através desta realidade dimensionada para controle da inteligência. Informações para telemarketing. Na economia ainda não medimos as conseqüências desta transformação.
A WEB e internet promovem milhões de internautas conectados pelo mundo em sistemas de informações considerados livres. Na medida em que o valor primeiro é a publicidade da informação e não o sigilo. O interagir e o ponto de chegada – monitoramento do trabalho. A autoria do computador e a navegação dos internautas.
O futuro da Internet está no comércio eletrônico (lojas virtuais) e no disseminar das informações entre estados e nações, na informatização dos serviços – bibliotecas, centros de pesquisas, na rede de comunicação aberta – jornais e instituições de ensino, bem como na cidadania planetária do indivíduo educado na era do conhecimento e informação. Sujeito descentrado e pronto a decodificar todo tipo de códigos. O conhecimento tem agora valor de produto mercadológico.
A educação das crianças em idade de aprendizagem será nas escolas, com a nova política governamental, através de laboratórios e telecentros, mesmo com notebooks pessoais, motivados por valores completamente distintos das gerações passadas. Os nerds disseminarão as informações após adentrarem a pós-modernidade. O vetor principal é a geração de conhecimento.
Jornais e centros de pesquisas, universidades, sites de conversação, comunicações entre indivíduos e grupos coletivos, redes sociais, laboratórios: geram ambientes imersivos na Internet. O computador está presente e disseminado em larga escala no corpo social. Todos on-lines...
Cada vez mais as nações e estados interagem gerando não sigilo, mas circulação das informações. A climatologia, a comunicação em tempo real planetária, satélites e os canais de TV’s, as agências de notícias – são eficazes em nosso tempo real.
A era do conhecimento e informação inaugurada põe disponível para controle: contas bancárias, telefonia, serviços e informações de todo gênero. Cibercultura e tecnologias da inteligência. Inclusive simulações monitoradas para produção de artefatos industriais.
A noção de trabalho e do que seja trabalhador, com os empreendimentos e empresas, seu valor renovado é de dinamismo e a qualquer hora e qualquer espaço geográfico. O preço do trabalho medido pela disponibilidade do trabalhador na rede de sua empresa.
PC’s, internet’s, informações, e-books, imprensa, comunicações em escala planetária. Indivíduos e cidadãos com outras concepções de cidadania, de democracia, voto eletrônico: formas de agir e trabalhar - de lutar por direitos. Internet livre porque acessível. Forjando e re-dimensionando o ciberespaço.
E Internautas na medida em que surfar pelas infovias da imaginação, navegar por mares da internet, abre o horizonte do futuro. E também algo presente em nossa época: a era do conhecimento e da informação com a nossa paixão desenfreada tecnológica.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O BEM E O BOM

A satisfação do desejo humano é não ter volições e não mais ansiar, na medida em que os desejos estão satisfeitos. Aí nasce a razão. A razão nada mais é que a impassibilidade dos desejos, um mar sem ondas, a bonança após a tempestade, a razão surge quando a ânsia e o desejo foram satisfeitos. A felicidade é o ideal do sumo bem enquanto indivíduo realizado. A felicidade advém de forma de agir anterior racional. Agimos em prol de nosso bem. E por isso alcançamos a felicidade. A felicidade é a obra realizada, após o atuar e agir em vista de qualquer bem, o sumo bem, o homem feliz é realizado – impassível - estátua viva. Felicidade não é apenas viver bem. Mas a vida descortinando-se como ideal pensado e realizado. A vida realizada está junto à felicidade e o sumo bem, a razão alcançada, o atuar e estar com outros na cidade com as paixões e necessidades satisfeitas, nenhum desejo no sentido de volição, nenhuma ânsia – a felicidade é certo estado. O bem na cidade é o ideal político de viver bem realizado. É estar com outros de igual para igual no que desejamos – todos os cidadãos naquilo que ansiavam em seu bem, o máximo bem – realizado. De forma plena individualmente. Não confundamos o bem do filósofo com o bem do político ou do guerreiro. Para ser superficial

domingo, 19 de junho de 2011

PARA O AVANÇO DA CIÊNCIA

A principio procuramos distinguir a técnica: da ciência e da tecnologia. Para inicio de conversa dizemos que temos a técnica de arar os campos, de evitar a inundação de certas terras, de evitar a seca. Sabemos que em determinadas regiões há excesso de ventos: poderemos usar a técnica dos moinhos e utilizar esta força dos ventos para moer grãos, a força de determinado rio, para mover meu moinho e produzir farinha. Mas dizemos também que temos a técnica de manutenção de motocicletas, de automóveis, de aparelhos eletrônicos. Abordemos a tecnologia, exemplo: a biotecnologia. Temos para uso, o milho comum, a espécie corriqueira, mas ao plantarmos em larga escala, ele oferece problemas, criamos o milho híbrido. O laboratório me dará uma nova espécie de cão, se assim quiser tal como este milho resistente para plantação em larga escala. Melhoro esta espécie de soja, vario a qualidade deste rebanho, faço uma concepção artificial, fecundo um óvulo – são resultados de uma biotecnologia. Geralmente ela está em construção, em processo para se difundir. A ciência trabalha com dados, melhor, hipóteses, forja condições artificiais. Vamos usar de exemplo. Sei que todos os objetos em queda tendem para o centro da terra, que a gravidade é uma força, facilmente deduzires a lei da atração gravitacional. Mas isto não foi inventado, eu descobri: mas quando faço um protótipo de carro, assim como Henri Ford, isto é uma invenção, o automóvel não existe naturalmente. Usando de artifícios, tenho uma determinada hipótese que um fluido comprimido, com descargas elétricas, dará uma boa explosão, é preciso verificar isto experimentalmente, exemplo, a queima do combustível em um cilindro de carro, onde melhoro sua potência, torque, força. Poderia usar de mil exemplos, falemos da energia elétrica, eu a controlo e invento um aparelhinho para descargas. Tenho noção de magnetismo da terra, e invento uma bússola que aponta para o norte, centro magnético da terra. Tenho bons instrumentos, teorias da ciência, e afirmo que determinada estrela explodiu, apagou, mas que sua luz ainda chega até nós. Talvez seja confirmação de teorias, talvez sejam observações. Mas é fato que a ciência quer a artificialidade. Ela controla em laboratório situações e fenômenos puramente artificiais, mas que lhe interessam. Ela trabalha com dados específicos, forja condições que são úteis. Necessárias ao avanço das condições técnicas e tecnológicas da ciência. Sua difusão no espaço social, a transformação da matéria, os artifícios, o uso da inteligência para a melhoria das condições da vida...
Para formular um adendo devido ao sucesso da física e da matemática no século passado, pensou-se que as ciências humanas teriam talvez a exatidão da matemática, da física e que o homem e seu campo de estudos, poderiam ter leis, um certo determinismo. Esta atitude caiu em descrédito devido a lógica do comportamento, da psique e do corpo, serem completamente diversos das ciências da natureza, mas afirmo que o que está em questão não é tanto a verdade, a exatidão, mas uma certa ética, silêncio nesta atitude delicada.
A prática científica lida com dados, observações, testes, experimentações de fenômenos. Deseja-se controlar determinado elemento, forjam-se experimentos para observar, testamos, para sabermos se teremos o que ambicionamos. Assim é a ciência. Observo este urânio que é pouco reativo, eu o enriqueço, modifico seu número atômico e verifico, que ele emite eletrons em demasia, e que gera energia, eu controlo esta condição e faço uma usina. A tecnologia surge, depois de diversas experimentações, o meu intuito é controlar o fenômeno, forjar.
A técnica e a ciência, também a tecnologia estão relacionados, em imbricação. Falemos dos movimentos históricos, a contribuição significa avanço tecnológico. O computador não foi apenas um grupo de pessoas e determinado elemento que o construiu, falemos da nossa geração de máquinas. Uma multidão incógnita contribuiu largamente. Este trabalho com grandes consequências e repercussões, embora sejam mais ou menos inconscientes: foi toda uma multidão de inteligências que trabalharam para o avanço das nossas gerações de computadores...
Para terminar a ciência também trabalha com noções, conteúdos, algo significante e que tem significado. Mas também difunde no meio social, em determinada época histórica, existe uma política da ciência. A história das ciências esqueceu-se, por exemplo, da teoria dos humores, dos estudos evolucionistas e dos fósseis, dos miasmas, da comparação dos corpos dos animais e do homem, do estudo da locomoção, dos reflexos, da botânica, da zoologia, algumas vezes por falta de eficácia.
Poderemos revitalizar os estudos de anatomia com os modos de um renascentista, os da língua através da comparação, o comparar o pistilo desta flor com a de outra, o modo deste animal conseguir a subsistência, de se acasalar etc. Algumas vezes não o fazemos por quê não é útil: já que tudo isto foi inventariado. A questão científica, por vezes, desloca o foco do interesse, para não dizer quase sempre. Algumas vezes uma nova teoria surge para impulsionar, significa avanço outro ponto de vista...

sábado, 18 de junho de 2011

RONDA DE SABERES

Fato curioso na Europa após a entrada do Séc. XIX foi a Normalização. A Medicina começa a intervir para além dos indivíduos na população. As Nações começam a se precaver dos fenômenos Epidemiológicos, com a higiene, tanto mental quanto física, surgiu uma espécie de Policia Médica, levantaram-se Arquiteturas, hospitais, Manicômios, prisões, clínicas. Os Exércitos Europeus foram Normalizados, os Médicos e os Filósofos também. Esta idéia de Normalidade irá prosseguir. Até a Publicação durante a Segunda Guerra Mundial do Filósofo Médico: Canguilhem. A Questão foi manter o nível de saúde geral seja da população, do individuo ou de participantes de certas Instituições em padrões “Normais...”
A Medicina torna-se uma filosofia incerta, um tanto Empirista e reivindica sua Nova Cientificidade, o filósofo vê-se apartado do âmago da Filosofia perante o Século Historiador. Obras como a de Marx, Freud, tornam-se questionadoras e novas idéias políticas como o socialismo e a luta operária e sindical, o individuo analisado e são, as psicologias, a idéia de cura, de manter a vida, os padrões médicos de saúde toleráveis, de intervir através do estado nas cidades e na população, de criar um corpo social sadio...
Reaparece nova perspectiva de vida, prolonga-se o tempo da existência, o individuo medicalizado é normal. São sanadas as patologias, os males do corpo, a vida adianta-se no tempo, o filósofo é médico social, sanitarista, propõe a higiene seja qual for, e é também normalizado...
Com o surgimento dos saberes sobre o homem e sua conseqüente popularização, o meio social e as culturas, o individuo com seu “eu”, o analisado, os espaços no seio do social instalados, a intervenção política através dos estados, toda uma população será reorganizada, disposta, classificada. Haverá inventários por parte de historiadores de saberes como a gramática, a retórica, a estilística, o estudo comparado das línguas, a história natural, a botânica e Zoologia, o evolucionismo. Tudo isto será uma espécie de acervo cultural: catalogado e inquerido, investigado. Estes saberes serão reavivados de forma diferenciada, inclusive a historiografia da literatura, dos contos e canções, do imaginário popular, imagens e quadros, também a pintura e a gravura...
Esta reativação do popular e do acervo das idéias, das manifestações artísticas, inclusive a poesia e o romance, propõe novo modelo à população, categorias de arte e ciência, de relacionar com a sociedade – Sociologia, psicanálise e as psicologias, Antropologia, história da arte etc.
Durante o Séc. XX assistirão ao acelerado progresso científico: novas idéias e teorias, a instalação das novas tecnologias e descobertas, a técnica para o homem Ocidental prolifera...
O cinema e a televisão, a arte e a imprensa, o jornalismo, a propaganda e marketing, também os cuidados para com a população, o acirramento das forças revolucionárias do estado, a reorganização das nações, o controle da saúde, da produção de alimentos, significa, como já disse a radicalização do estado, o estado Total, o estado nação realizado...
As lutas sociais após as duas guerras ocasionaram os levantes, a liberação das mulheres, as idéias socialistas ao bojo dos movimentos políticos, a idéia de transparência na imprensa, modelos instaurados nas instituições para uma incerta liberdade, lutas por direitos sejam quais forem, cartas promulgadas para eventuais conquistas, reivindicações de todos os lados, isto foi o Séc. XX...
O desenvolvimento industrial e a melhorias das condições da produção de objetos úteis: tornaram-se sensíveis e alarmantes. A produção e as máquinas alteram o modelo antes instalado. O desenvolvimento industrial é instalado no planeta e também certo acesso às mercadorias e serviços...
Só então o saber começou a ser instrumento das lutas. A tornar-se apto e a engajar-se nas reivindicações. As grandes revoltas populares instalam-se e combatem o “Estado”. Há revoltas nas prisões e contestação da psiquiatria, revigorar das artes, a loucura vista como positiva, direitos dos jovens e universitários, movimentos estudantis, o frenesi do rock, a moda e o corpo da mulher liberado: as reivindicações crescem e todo os tipos de lutas sejam raciais ou culturais ou das instituições proliferam...
Esta nova mentalidade contemporânea ganha força. O poder aquisitivo das pessoas cresce. O direito a vida e ao corpo, também a liberdade e a libertinagem, avulta. As diferenças raciais são vistas e repensadas, as novas culturas e saberes, os novos domínios, tornam a realidade atual muito mais complexa...
A educação das crianças, a nova idéia de família, de comando e chefia, os cuidados com os pertencentes a novas classes sociais, fatias da população, mostram e denotam uma politização das classes populares, o direito à expressão e igualdade econômica, o acirramento e conseqüente complexidade da realidade atual...


Marcos S. Oliveira é Licenciado em História

SOBRE A TELEVISÃO

Partiremos do principio de que uma mesma mensagem induz interpretações diferentes.
A televisão promove o fato e os acontecimentos da sociedade interativa e jornalística: televisiva.
Admito que sem a televisão nossa vida social, as diferentes classes e o público com suas escolhas, as idades da vida, cairiam na monotonia: monotonia do pensamento e da informação.
A Tevê aberta para o expectador que procura programação e gira os canais em busca de entretenimento, oferece larga escolha e mantém o público defronte da Tevê.
A Tevê promove o enfoque, o que está em pauta, o assunto, a moda, esta é sua positividade, chamar a atenção do público, comunicação e até as lutas...
O telespectador em diferentes horários espera da Tevê programações diferentes, digamos: música e informações acerca das artes, documentários, notícias e novelas, filmes e entrevistas. E também vai buscar na oferta da Tevê, na programação o que procura, mas também conta com a criatividade da emissora, que ela forje a novidade.
O brasileiro quase nunca polemiza a edição das imagens, o que vai pela tela da Tevê. Para ele os recursos técnicos da Tevê ainda não são objeto de especulação, de entrada do público nos bastidores e estúdios, fazer da imagem, da edição, técnica para ver e pensar, ou entretenimento para a visão. Devido a isto, os filmes mais artísticos, os comentários são ainda simplórios e inocentes...
O “Big Brother” ou a televisão interativa, daquela que busca a opinião do telespectador, que entrevista, que pede a opinião, tende a caminhar a passos largos, pois mantém o telespectador atento e participante da programação.
A Notícia e os escândalos políticos, a voz dada às autoridades, as pessoas destacadas para certos ofícios que se apresentam eventualmente, o jornalista televisivo é bastante sucinto.
As entrevistas e “bate papos” agradam ao telespectador mais culto: na medida em que ensina.
A produção televisiva é gigantesca: pois encerra vídeos, filmes, documentários, notícias e larga escolha de pessoal destacado para o “Ibope”. O fazer o telespectador ficar preso à tela de Tevê. De todo modo há aí: o estar “Hipnotizado”...
Programas científicos e veiculação de conteúdo confiável para a as ciências, teorias recentes, descobertas científicas são satisfatórias e o público é grande...
A televisão é mais completa que o cinema: pois aí não existe apenas uma forma de narrativa, mas sim várias formas em oferta, o público na Televisão aberta e parabólica, sempre encontra o que procura.
A relação da imprensa jornalística com a tevê, de escritores e autores, com a produção livresca e de jornais e revistas, encontram seu meio e relações próximas: amigáveis. Digamos que existe uma interação entre a Tevê e a imprensa escrita.
Existem programações para os jovens e crianças. Desenhos, músicas, modas e estilos propostos, escolhas. Que formam um mercado e estilo de época, proposta de entretenimento e educação, escolhas de vida.
A televisão hoje é tão necessária que mal podemos imaginar viver em sociedade sem esta.
De todo modo por vezes aborrece, mas como ela está aí, ao alcance da mão, retornamos à sua programação.
A televisão brasileira é um grupo econômico deveras interessante, tem algo a dar, a oferecer.
As tevês públicas com seu público escolhido ficam no ar na medida em que tem a proteção do estado, são úteis.
A televisão caminha com a proliferação dos canais para público específico, a especialização.
As grandes emissoras serão de oferta múltipla, todo tipo de programação...

Marcos S. Oliveira é Autor pela Academia Brasileira de letras.

Ensaio Literário

Considero pré-modernista a Manuel Bandeira e Cecília Meireles pelo fato de em seus trabalhos (poesia) o elemento lírico presente, mas com criação e sem estudo de estilística, o que caracteriza o moderno, fora de regras definidas e o elemento autoria presente. Mário de Andrade é Modernista por que há personagens e estética, obras comentadas, teatro de autores, recolha de impressões literárias. Drummond tem uma estética definida (Procura da Poesia) roteiro de como fazer versos. Mas ainda não é como Ferreira Gullar: livre de imposições com manifesto e contemporâneo. O Romantismo de Alberto de Oliveira à parte neste texto sincrético. Jovem e rebelde dentro de seus limites, inventivo e amoroso, com certo teor mórbido. O Romance em Machado de Assis ou em Guimarães Rosa traz vida a personagens, há a liberdade de gerar o sujeito da obra, o caráter. Mas estão vivos no universo da escrita. A Poesia Portuguesa com Florbela Espanca, Fernando Pessoa e Cesário Verde: atinge o ápice. Os escritores atuais, poetas, estão enredados em uma proposta de poesia para onde não se enxerga a saída para a boa poesia portuguesa já feita – o dilema do poeta atual português. O Brasil e os poetas brasileiros desta geração do Séc. XXI estão apaixonados pelo trabalho com a linguagem, experimentação e inovação: busca da marca própria. Caráter pessoal do poeta. Eles estão dispostos a trabalhar a poesia. Esta fala nada mais é que episódio. Este ensaio tateante.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

DIÁLOGO

O que é a análise para Lacan? A que serve o pensamento analítico e a psicanálise? A principio afirmamos que serve também para autoanálise. Para ajuda de pacientes com casos clínicos? – Nem sempre...
Aproximar Lacan e Sartre é muito difícil. Encontrar um elo que os aproxima é muito inverificável. De todo modo, a dialética e a análise tem algo em comum? – Não!
- “Me dá um desejo de morte ou de dor...”. – Lacan comentaria esta improvável fantasia ou queixa? Falaria da pulsão de morte ou de Tânatos, diria que a vida não é só prazer e que o paciente deve recalcar seus desejos, comportar-se bem. Que a cultura e a vida social, não permitem muitas liberdades.
Sartre por sua vez diria: - “Você deve engajar-se e lutar, engajar seu desejo em algo material, promover a existência em algo essencializante, primordial, a luta pela produção social de bens materiais desejáveis, algo eminentemente positivo, não-alienante, possivelmente bom politicamente. Eis o meu desejo engajado no plano político”.O que é estar em falta com o desejo? Lacan diria: - “A busca desregrada do prazer e desejo. Não respeitar a lei. Mas também perder o objeto de desejo e o desejo de seu a. O objeto a psicanalítico nada mais é que o desejo engajado - diria Sartre”.

Luta Política

Sartre está mais para o lado da fenomenologia ou de um existencialismo que propõe. Ele raras horas aborda concisamente o desejo. O rapaz do “O Existencialismo é um Humanismo”, se vai à guerra ou fica com a mãe e a família, Sartre diz que ele fez o certo - escolheu. Paga o preço da consciência. Ser sujeito de si. Até na submissão somos livres. Existem pequenos aparelhos de poder que se impõem. São bastante ardilosos. É desejo fascista. Combater diariamente esta máquina desejante – o fascismo ou o nazismo – é angustiante. Há pessoas que são “chefezinhos”. Agem de má fé. Porém seu desejo não é liberto. Eis o que Sartre critica em política – a de “De Gaulle”: por exemplo. Sartre aceitou o comunismo. Escreveu livros de política e prática marxista - dialéticas. Em “Maio de 68” foi militante político. Não se queria mais partidos para a revolução, não se falava de tomar o “poder de estado”, mas a questão do desejo, liberar, desentravar - a satisfação. Surgiram pessoas como Deleuze e Guattari ou mesmo Baudrillard, Foucault. O que se ambicionava era o desejo, a revolução. Um novo conceito de revolução – certo individualismo sim. Sartre quanto a esta questão – silenciou. Mas lutou. O último intelectual clássico. Percebe-se nova forma de intelectual. Junto às massas com palavras de ordem. O desejo para todos nesta época era eminentemente político. Desejar é fazer “a” política individual e coletiva, social e desejante. Ansiar e desejar, satisfazer as pulsões é fazer política. A propaganda de massa atrapalha. A indústria procura satisfazer a produção de objetos. O socialismo de Sartre age seu desejo como engajo. Sartre deseja fazer arte, peças de teatro, romances, amar “Simone de Beauvoir”. Aceita o feminismo. Não quer ser familiarista, certa liberdade sexual. Foi motivo de polêmica. Pequeno burguês atuante – provocava seu sorriso de mofa. Sartre viveu a segunda guerra mundial e a reconstrução da Europa. Combateu e foi metereologista. Não aceitou o Prêmio Nobel. Muito controverso. Sabia perfeitamente o que os fascistas desejam. Embora adote práticas militantes de esquerda. Em “O Ser e o Nada” escreve capítulo exclusivo à Psicanálise. Mas não tinha a clareza de um Guattari quanto ao desejo em “O Anti-Édipo”. Ou de um Baudrillard em “O Sistema dos Objetos”. A liberdade era algo tão patente para si quanto fazer política. Engajar o desejo muitas vezes praticou - distintamente.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Razão e Política

O que é a felicidade? - O ideal de humanidade realizado no homem. A completude do ser humano. O bem viver e agir, o estar na cidade como bom cidadão, atuando de forma racional e controlando seu lado irracional, prazeres e desejos e agindo suas reações. De forma ampla e em linhas gerais – em um rasgo primeiro. A busca da satisfação do ser humano não é apenas a felicidade e o sumo bem realizado para si na cidade, mas, o que é mais interessante, agir racionalmente e ser verdadeiro. Não há felicidade sem se saber a verdade do sumo bem. Trilhamos o caminho em direção ao agir racional quando conhecemos a verdade. O indivíduo em primeiro lugar deve se colocar a questão: o que é a verdade? E depois de conhecê-la (o bem primeiro, a felicidade, o viver bem, o agir racionalmente, o atuar como cidadão conhecendo como deve agir em prol da cidadania, da política racional - o bem geral).
O homem individual realiza em si o ideal da humanidade e outros indivíduos participam deste bem. Ser feliz é viver bem. Ninguém é feliz por nada. Agir de modo racional implica realização e completude – o verdadeiro bem. Atuar na cidade segundo as regras racionais e praticar o bem para a cidade, enquanto indivíduo significa estar ao lado de outros indivíduos felizes, racionais e atuantes, a formação da cidade de modo racional. Sou feliz por que tenho as necessidades satisfeitas, por que ajo racionalmente e me conheço enquanto indivíduo e sei do que sou capaz, minha função na cidade, seja de governante ou filósofo – é racional e bom.

INCONSCIENTE

Ah! A Razão!
Nós diríamos: - “O Inconsciente é um museu, de símbolos, signos e arquétipos, imagens, sonhos e delírios”. Um “museu de grandes novidades”. “O inconsciente é estruturado como uma linguagem” – diz Lacan. Sartre afirma que o desejo deve engajar-se, prender-se e grudar-se a um objeto. Objeto político de desejo. O museu do inconsciente. O desejo de Lacan e Sartre onde se encontram?
Usando uma linguagem fisiológica, Sartre com a voz ativa na política, entre a multidão desejante e engajada, pronta a lutar, Lacan com seu silêncio na escuta do analisando, a transferência, o olhar sobre o gesto do paciente no divã, os seminários eventuais, a re-leitura de Freud incessante, o buscar o pré-texto, a língua original. Sartre e a arte nas revistas da época, o café em Paris, seu cigarro aceso, falar com o operariado, criticar o PCF francês, aulas em Sorbonne de cunho “imaginário e intelectual” – o papel do intelectual engajado. Lacan com seus chistes de linguagem, atos falhos, comentário de quadros, um basta na polidez e extravagância. A psicanálise e o psicanalista como forma de vida e estilo. O pensamento analítico. Uma analítica do poder. Mil demônios. Legião e corja de demônios.

domingo, 5 de junho de 2011

CINEMA

Estaremos sendo vistos quando olhamos para a tela? O enquadramento do espectador? Senão o quê seria o cinema? Um olho - grande olho para as imagens do mundo? O "real" não seria uma imagem que prevalece? As narrativas de cinema nos conduzem a experimentar ou bem enxergar a "transcendência" do mundo - seu caráter incerto de imagem que falseabiliza o modelo - a imagem verdadeira contestada?

domingo, 1 de maio de 2011

psicofísico

A produção múltipla escrita, a função autor, o ofício de escritor através da experiência pessoal com gêneros variados e também após adentrarmos realidades específicas distintas, modalidades, medindo as consequências e implicações, o que conseguimos e os efeitos, em suma, a amplitude desta ação, os agentes e atores, pessoas destacadas para certos ofícios e nossas experimentações, objetivos e o conceito de livro-evento: tudo cristaliza em situações e conjunturas desejáveis e procuradas. O Evento Livro forma de conteúdo com significaçao ampla e geral. Denota estado de coisas realizável - psicofísico.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Licença do Cinismo

O dinheiro era de César ou de Deus,
Não era meu. Pedirei então para rezarem
Uma missa para unir minha mão a de uma bela:
E namorarei à cavalo. Acenderei uma vela
Para fazer versos. Como o ouro não é nosso
Voltarei a praticar o fisco. Jogarei xadrez
Com o Rei da Pérsia e deixarei a torre imóvel.
A última vez que estive com a morte
Reparei que ela não tinha rosto:
Deve-se continuar a jogar beijos.
Abro a janela e é manhã na imaginação
O dia já vem chegando com seus ruídos.
Onde estamos dizem-me que são do bem.
Parto sem dizer adeus. Mas não vos decepciono.
Atrás de onde estou: vejo todos vocês...