quarta-feira, 15 de junho de 2011

INCONSCIENTE

Ah! A Razão!
Nós diríamos: - “O Inconsciente é um museu, de símbolos, signos e arquétipos, imagens, sonhos e delírios”. Um “museu de grandes novidades”. “O inconsciente é estruturado como uma linguagem” – diz Lacan. Sartre afirma que o desejo deve engajar-se, prender-se e grudar-se a um objeto. Objeto político de desejo. O museu do inconsciente. O desejo de Lacan e Sartre onde se encontram?
Usando uma linguagem fisiológica, Sartre com a voz ativa na política, entre a multidão desejante e engajada, pronta a lutar, Lacan com seu silêncio na escuta do analisando, a transferência, o olhar sobre o gesto do paciente no divã, os seminários eventuais, a re-leitura de Freud incessante, o buscar o pré-texto, a língua original. Sartre e a arte nas revistas da época, o café em Paris, seu cigarro aceso, falar com o operariado, criticar o PCF francês, aulas em Sorbonne de cunho “imaginário e intelectual” – o papel do intelectual engajado. Lacan com seus chistes de linguagem, atos falhos, comentário de quadros, um basta na polidez e extravagância. A psicanálise e o psicanalista como forma de vida e estilo. O pensamento analítico. Uma analítica do poder. Mil demônios. Legião e corja de demônios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário