domingo, 19 de junho de 2011

PARA O AVANÇO DA CIÊNCIA

A principio procuramos distinguir a técnica: da ciência e da tecnologia. Para inicio de conversa dizemos que temos a técnica de arar os campos, de evitar a inundação de certas terras, de evitar a seca. Sabemos que em determinadas regiões há excesso de ventos: poderemos usar a técnica dos moinhos e utilizar esta força dos ventos para moer grãos, a força de determinado rio, para mover meu moinho e produzir farinha. Mas dizemos também que temos a técnica de manutenção de motocicletas, de automóveis, de aparelhos eletrônicos. Abordemos a tecnologia, exemplo: a biotecnologia. Temos para uso, o milho comum, a espécie corriqueira, mas ao plantarmos em larga escala, ele oferece problemas, criamos o milho híbrido. O laboratório me dará uma nova espécie de cão, se assim quiser tal como este milho resistente para plantação em larga escala. Melhoro esta espécie de soja, vario a qualidade deste rebanho, faço uma concepção artificial, fecundo um óvulo – são resultados de uma biotecnologia. Geralmente ela está em construção, em processo para se difundir. A ciência trabalha com dados, melhor, hipóteses, forja condições artificiais. Vamos usar de exemplo. Sei que todos os objetos em queda tendem para o centro da terra, que a gravidade é uma força, facilmente deduzires a lei da atração gravitacional. Mas isto não foi inventado, eu descobri: mas quando faço um protótipo de carro, assim como Henri Ford, isto é uma invenção, o automóvel não existe naturalmente. Usando de artifícios, tenho uma determinada hipótese que um fluido comprimido, com descargas elétricas, dará uma boa explosão, é preciso verificar isto experimentalmente, exemplo, a queima do combustível em um cilindro de carro, onde melhoro sua potência, torque, força. Poderia usar de mil exemplos, falemos da energia elétrica, eu a controlo e invento um aparelhinho para descargas. Tenho noção de magnetismo da terra, e invento uma bússola que aponta para o norte, centro magnético da terra. Tenho bons instrumentos, teorias da ciência, e afirmo que determinada estrela explodiu, apagou, mas que sua luz ainda chega até nós. Talvez seja confirmação de teorias, talvez sejam observações. Mas é fato que a ciência quer a artificialidade. Ela controla em laboratório situações e fenômenos puramente artificiais, mas que lhe interessam. Ela trabalha com dados específicos, forja condições que são úteis. Necessárias ao avanço das condições técnicas e tecnológicas da ciência. Sua difusão no espaço social, a transformação da matéria, os artifícios, o uso da inteligência para a melhoria das condições da vida...
Para formular um adendo devido ao sucesso da física e da matemática no século passado, pensou-se que as ciências humanas teriam talvez a exatidão da matemática, da física e que o homem e seu campo de estudos, poderiam ter leis, um certo determinismo. Esta atitude caiu em descrédito devido a lógica do comportamento, da psique e do corpo, serem completamente diversos das ciências da natureza, mas afirmo que o que está em questão não é tanto a verdade, a exatidão, mas uma certa ética, silêncio nesta atitude delicada.
A prática científica lida com dados, observações, testes, experimentações de fenômenos. Deseja-se controlar determinado elemento, forjam-se experimentos para observar, testamos, para sabermos se teremos o que ambicionamos. Assim é a ciência. Observo este urânio que é pouco reativo, eu o enriqueço, modifico seu número atômico e verifico, que ele emite eletrons em demasia, e que gera energia, eu controlo esta condição e faço uma usina. A tecnologia surge, depois de diversas experimentações, o meu intuito é controlar o fenômeno, forjar.
A técnica e a ciência, também a tecnologia estão relacionados, em imbricação. Falemos dos movimentos históricos, a contribuição significa avanço tecnológico. O computador não foi apenas um grupo de pessoas e determinado elemento que o construiu, falemos da nossa geração de máquinas. Uma multidão incógnita contribuiu largamente. Este trabalho com grandes consequências e repercussões, embora sejam mais ou menos inconscientes: foi toda uma multidão de inteligências que trabalharam para o avanço das nossas gerações de computadores...
Para terminar a ciência também trabalha com noções, conteúdos, algo significante e que tem significado. Mas também difunde no meio social, em determinada época histórica, existe uma política da ciência. A história das ciências esqueceu-se, por exemplo, da teoria dos humores, dos estudos evolucionistas e dos fósseis, dos miasmas, da comparação dos corpos dos animais e do homem, do estudo da locomoção, dos reflexos, da botânica, da zoologia, algumas vezes por falta de eficácia.
Poderemos revitalizar os estudos de anatomia com os modos de um renascentista, os da língua através da comparação, o comparar o pistilo desta flor com a de outra, o modo deste animal conseguir a subsistência, de se acasalar etc. Algumas vezes não o fazemos por quê não é útil: já que tudo isto foi inventariado. A questão científica, por vezes, desloca o foco do interesse, para não dizer quase sempre. Algumas vezes uma nova teoria surge para impulsionar, significa avanço outro ponto de vista...

Nenhum comentário:

Postar um comentário