quinta-feira, 30 de junho de 2011

BOLETIM INFORMATIVO ELETRÔNICO

www.softwarepublico.gov.br
Os usuários podem se tornar membro enquanto repartição pública e utilizar os softwares que são livres. Pequena lista de alguns softwares...
GNUTECA – Programa para Instalação de Bibliotecas Escolares até 100.000 livros. E-Nota – Software para sistema de emissão de notas fiscais públicas. EDUCATUX – Software com plataforma de materiais didáticos para professores e alunos. REDECA – Utilizado para rede social de proteção à criança e adolescente. E vide no site: muitos outros softwares úteis disponíveis...
www.dominiopublico.gov.br
Materiais para pesquisa educacional, teses e investigações, pesquisas universitárias e de pós-graduação, pode-se imprimir ou promover download.
www.bn.br
Site da “Biblioteca Nacional” onde registra-se livros, músicas, partituras, bibliotecas públicas e contém programas (softwares) para digitalização, faz-se ISBN e propriedade intelectual, bem como direitos autorais. Todo tipo de serviços.
www.cultura.gov.br
Notícias da política governamental do livro, da cultura brasileira, de promoção de recursos para o audiovisual, de museus, patrimônios e outras deliberações.
www.brasil.gov.br
Serviços de Seguro-desemprego, CPF, Aposentadoria. Notícias do governo brasileiro.
www.mc.gov.br
Licenças para Rádios e TV’s, Política Governamental de Inclusão Digital, Legislações (anexos) correspondentes. Política atual governamental das telecomunicações.
www.academia.org.br
Representante das letras no território brasileiro a “Academia Brasileira de Letras” oferece contatos, textos, consultas em bibliotecas, endereços de seus departamentos e outras deliberações neste site.
www.sbat.com.br
“Sociedade Brasileira de Autores” registra obras teatrais, libera espetáculos, autoriza representantes teatrais, licenças de companhias. Serviços relacionados ao teatro.
www.portaleditorial.com.br
Endereços de editoras, livrarias, distribuidoras e bibliotecas - leis referentes ao livro.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Serviços


Aumentamos o número das profissões, os papéis sociais avultaram. Pequenos personagens do mundo econômico com suas metamorfoses do dinheiro – bem como pequenas tarefas, empregos, cargos, com a venda da força de trabalho – fazem circular a moeda. Trabalho remunerado.
Por outro lado com a tecnologia instaurada, o desenvolvimento, serviços técnicos, mão de obra qualificada, o acúmulo de dinheiro surge, quando não a pequena empresa.
A um nível macro o estado tende a gerir as grandes obras e investimentos, o avanço das condições materiais e tecnológicas.
Certa classe tecnocrata, burocrata e portadora de cabedal, de técnicas e saber fazer, competente, gerencia condições privilegiadas – as empresas.
Nosso assunto que é os serviços, praticado por classe flutuante e instável, pronta a vender o suor e a força de trabalho, meio cumpridora de tarefas, que recebe o dinheiro por via duvidosa, tende a crescer assustadoramente, na medida em que não detém os meios de produção.
A população ávida de dinheiro para comprar a subsistência, multiplicará os papéis sociais, as técnicas e os serviços para o qual são competentes. Ganhar na labuta diária o pão nosso de cada dia.

terça-feira, 21 de junho de 2011

INTERNAUTAS


Marcos Silva Oliveira

Os computadores monitoram nossa inteligência e nos tornamos extensão desta máquina. Existem programas rodados no computador para diversas funções: textos, vídeos com câmera WEB, desenhos, música, animações, gravação de Cd’s-rooms, exibições de filmes, imagens, fotos e outros mais que podem ser armazenados no computador.
A WEB é uma rede de computadores mundial, onde há estocagem de informações disponíveis, estreito entrelaçamento com correios (e-mails), e-books, contatos com jornais, programações da TV, endereços de universidades, IPI’s pessoais, sites e blogs, bancos de imagens, portais onde serviços estão disponíveis. Além disso, atualmente a WEB e a Internet dispõe de bancos de dados e sites onde o Internauta livremente pode emitir e receber informações (inputs e outputs). E pretendemos nova geração de máquinas programadas para operar com linguagens simbólicas (Pierre Lévy).
Um computador plugado e conectado à internet significa pórtico para realidade virtual; abertura ao comércio eletrônico, informações sobre documentações e obras significativas disponíveis; fotoblogs, programas operacionais de engenharia e arquitetura, de diagramação de jornais, livros e revistas; todo tipo de novos formatos.
Há também sites de conversação e também de filmes prontos para download e canais de TV interativos; revistas eletrônicas de instituições e universidades, textos de sujeitos da era da informação e do conhecimento, internet de funcionamento interno de empresas (grupos econômicos) bancos e bolsas de valores onde a transação financeira é toda mediada por supercomputadores.
Contas de bancos, telefonias, documentação acessíveis via internet e usuários plugados e conectados com “inconsciente maquínico” – on-lines. Infovias de informações, dinamismos, internautas navegando e surfando através desta realidade dimensionada para controle da inteligência. Informações para telemarketing. Na economia ainda não medimos as conseqüências desta transformação.
A WEB e internet promovem milhões de internautas conectados pelo mundo em sistemas de informações considerados livres. Na medida em que o valor primeiro é a publicidade da informação e não o sigilo. O interagir e o ponto de chegada – monitoramento do trabalho. A autoria do computador e a navegação dos internautas.
O futuro da Internet está no comércio eletrônico (lojas virtuais) e no disseminar das informações entre estados e nações, na informatização dos serviços – bibliotecas, centros de pesquisas, na rede de comunicação aberta – jornais e instituições de ensino, bem como na cidadania planetária do indivíduo educado na era do conhecimento e informação. Sujeito descentrado e pronto a decodificar todo tipo de códigos. O conhecimento tem agora valor de produto mercadológico.
A educação das crianças em idade de aprendizagem será nas escolas, com a nova política governamental, através de laboratórios e telecentros, mesmo com notebooks pessoais, motivados por valores completamente distintos das gerações passadas. Os nerds disseminarão as informações após adentrarem a pós-modernidade. O vetor principal é a geração de conhecimento.
Jornais e centros de pesquisas, universidades, sites de conversação, comunicações entre indivíduos e grupos coletivos, redes sociais, laboratórios: geram ambientes imersivos na Internet. O computador está presente e disseminado em larga escala no corpo social. Todos on-lines...
Cada vez mais as nações e estados interagem gerando não sigilo, mas circulação das informações. A climatologia, a comunicação em tempo real planetária, satélites e os canais de TV’s, as agências de notícias – são eficazes em nosso tempo real.
A era do conhecimento e informação inaugurada põe disponível para controle: contas bancárias, telefonia, serviços e informações de todo gênero. Cibercultura e tecnologias da inteligência. Inclusive simulações monitoradas para produção de artefatos industriais.
A noção de trabalho e do que seja trabalhador, com os empreendimentos e empresas, seu valor renovado é de dinamismo e a qualquer hora e qualquer espaço geográfico. O preço do trabalho medido pela disponibilidade do trabalhador na rede de sua empresa.
PC’s, internet’s, informações, e-books, imprensa, comunicações em escala planetária. Indivíduos e cidadãos com outras concepções de cidadania, de democracia, voto eletrônico: formas de agir e trabalhar - de lutar por direitos. Internet livre porque acessível. Forjando e re-dimensionando o ciberespaço.
E Internautas na medida em que surfar pelas infovias da imaginação, navegar por mares da internet, abre o horizonte do futuro. E também algo presente em nossa época: a era do conhecimento e da informação com a nossa paixão desenfreada tecnológica.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O BEM E O BOM

A satisfação do desejo humano é não ter volições e não mais ansiar, na medida em que os desejos estão satisfeitos. Aí nasce a razão. A razão nada mais é que a impassibilidade dos desejos, um mar sem ondas, a bonança após a tempestade, a razão surge quando a ânsia e o desejo foram satisfeitos. A felicidade é o ideal do sumo bem enquanto indivíduo realizado. A felicidade advém de forma de agir anterior racional. Agimos em prol de nosso bem. E por isso alcançamos a felicidade. A felicidade é a obra realizada, após o atuar e agir em vista de qualquer bem, o sumo bem, o homem feliz é realizado – impassível - estátua viva. Felicidade não é apenas viver bem. Mas a vida descortinando-se como ideal pensado e realizado. A vida realizada está junto à felicidade e o sumo bem, a razão alcançada, o atuar e estar com outros na cidade com as paixões e necessidades satisfeitas, nenhum desejo no sentido de volição, nenhuma ânsia – a felicidade é certo estado. O bem na cidade é o ideal político de viver bem realizado. É estar com outros de igual para igual no que desejamos – todos os cidadãos naquilo que ansiavam em seu bem, o máximo bem – realizado. De forma plena individualmente. Não confundamos o bem do filósofo com o bem do político ou do guerreiro. Para ser superficial

domingo, 19 de junho de 2011

PARA O AVANÇO DA CIÊNCIA

A principio procuramos distinguir a técnica: da ciência e da tecnologia. Para inicio de conversa dizemos que temos a técnica de arar os campos, de evitar a inundação de certas terras, de evitar a seca. Sabemos que em determinadas regiões há excesso de ventos: poderemos usar a técnica dos moinhos e utilizar esta força dos ventos para moer grãos, a força de determinado rio, para mover meu moinho e produzir farinha. Mas dizemos também que temos a técnica de manutenção de motocicletas, de automóveis, de aparelhos eletrônicos. Abordemos a tecnologia, exemplo: a biotecnologia. Temos para uso, o milho comum, a espécie corriqueira, mas ao plantarmos em larga escala, ele oferece problemas, criamos o milho híbrido. O laboratório me dará uma nova espécie de cão, se assim quiser tal como este milho resistente para plantação em larga escala. Melhoro esta espécie de soja, vario a qualidade deste rebanho, faço uma concepção artificial, fecundo um óvulo – são resultados de uma biotecnologia. Geralmente ela está em construção, em processo para se difundir. A ciência trabalha com dados, melhor, hipóteses, forja condições artificiais. Vamos usar de exemplo. Sei que todos os objetos em queda tendem para o centro da terra, que a gravidade é uma força, facilmente deduzires a lei da atração gravitacional. Mas isto não foi inventado, eu descobri: mas quando faço um protótipo de carro, assim como Henri Ford, isto é uma invenção, o automóvel não existe naturalmente. Usando de artifícios, tenho uma determinada hipótese que um fluido comprimido, com descargas elétricas, dará uma boa explosão, é preciso verificar isto experimentalmente, exemplo, a queima do combustível em um cilindro de carro, onde melhoro sua potência, torque, força. Poderia usar de mil exemplos, falemos da energia elétrica, eu a controlo e invento um aparelhinho para descargas. Tenho noção de magnetismo da terra, e invento uma bússola que aponta para o norte, centro magnético da terra. Tenho bons instrumentos, teorias da ciência, e afirmo que determinada estrela explodiu, apagou, mas que sua luz ainda chega até nós. Talvez seja confirmação de teorias, talvez sejam observações. Mas é fato que a ciência quer a artificialidade. Ela controla em laboratório situações e fenômenos puramente artificiais, mas que lhe interessam. Ela trabalha com dados específicos, forja condições que são úteis. Necessárias ao avanço das condições técnicas e tecnológicas da ciência. Sua difusão no espaço social, a transformação da matéria, os artifícios, o uso da inteligência para a melhoria das condições da vida...
Para formular um adendo devido ao sucesso da física e da matemática no século passado, pensou-se que as ciências humanas teriam talvez a exatidão da matemática, da física e que o homem e seu campo de estudos, poderiam ter leis, um certo determinismo. Esta atitude caiu em descrédito devido a lógica do comportamento, da psique e do corpo, serem completamente diversos das ciências da natureza, mas afirmo que o que está em questão não é tanto a verdade, a exatidão, mas uma certa ética, silêncio nesta atitude delicada.
A prática científica lida com dados, observações, testes, experimentações de fenômenos. Deseja-se controlar determinado elemento, forjam-se experimentos para observar, testamos, para sabermos se teremos o que ambicionamos. Assim é a ciência. Observo este urânio que é pouco reativo, eu o enriqueço, modifico seu número atômico e verifico, que ele emite eletrons em demasia, e que gera energia, eu controlo esta condição e faço uma usina. A tecnologia surge, depois de diversas experimentações, o meu intuito é controlar o fenômeno, forjar.
A técnica e a ciência, também a tecnologia estão relacionados, em imbricação. Falemos dos movimentos históricos, a contribuição significa avanço tecnológico. O computador não foi apenas um grupo de pessoas e determinado elemento que o construiu, falemos da nossa geração de máquinas. Uma multidão incógnita contribuiu largamente. Este trabalho com grandes consequências e repercussões, embora sejam mais ou menos inconscientes: foi toda uma multidão de inteligências que trabalharam para o avanço das nossas gerações de computadores...
Para terminar a ciência também trabalha com noções, conteúdos, algo significante e que tem significado. Mas também difunde no meio social, em determinada época histórica, existe uma política da ciência. A história das ciências esqueceu-se, por exemplo, da teoria dos humores, dos estudos evolucionistas e dos fósseis, dos miasmas, da comparação dos corpos dos animais e do homem, do estudo da locomoção, dos reflexos, da botânica, da zoologia, algumas vezes por falta de eficácia.
Poderemos revitalizar os estudos de anatomia com os modos de um renascentista, os da língua através da comparação, o comparar o pistilo desta flor com a de outra, o modo deste animal conseguir a subsistência, de se acasalar etc. Algumas vezes não o fazemos por quê não é útil: já que tudo isto foi inventariado. A questão científica, por vezes, desloca o foco do interesse, para não dizer quase sempre. Algumas vezes uma nova teoria surge para impulsionar, significa avanço outro ponto de vista...

sábado, 18 de junho de 2011

RONDA DE SABERES

Fato curioso na Europa após a entrada do Séc. XIX foi a Normalização. A Medicina começa a intervir para além dos indivíduos na população. As Nações começam a se precaver dos fenômenos Epidemiológicos, com a higiene, tanto mental quanto física, surgiu uma espécie de Policia Médica, levantaram-se Arquiteturas, hospitais, Manicômios, prisões, clínicas. Os Exércitos Europeus foram Normalizados, os Médicos e os Filósofos também. Esta idéia de Normalidade irá prosseguir. Até a Publicação durante a Segunda Guerra Mundial do Filósofo Médico: Canguilhem. A Questão foi manter o nível de saúde geral seja da população, do individuo ou de participantes de certas Instituições em padrões “Normais...”
A Medicina torna-se uma filosofia incerta, um tanto Empirista e reivindica sua Nova Cientificidade, o filósofo vê-se apartado do âmago da Filosofia perante o Século Historiador. Obras como a de Marx, Freud, tornam-se questionadoras e novas idéias políticas como o socialismo e a luta operária e sindical, o individuo analisado e são, as psicologias, a idéia de cura, de manter a vida, os padrões médicos de saúde toleráveis, de intervir através do estado nas cidades e na população, de criar um corpo social sadio...
Reaparece nova perspectiva de vida, prolonga-se o tempo da existência, o individuo medicalizado é normal. São sanadas as patologias, os males do corpo, a vida adianta-se no tempo, o filósofo é médico social, sanitarista, propõe a higiene seja qual for, e é também normalizado...
Com o surgimento dos saberes sobre o homem e sua conseqüente popularização, o meio social e as culturas, o individuo com seu “eu”, o analisado, os espaços no seio do social instalados, a intervenção política através dos estados, toda uma população será reorganizada, disposta, classificada. Haverá inventários por parte de historiadores de saberes como a gramática, a retórica, a estilística, o estudo comparado das línguas, a história natural, a botânica e Zoologia, o evolucionismo. Tudo isto será uma espécie de acervo cultural: catalogado e inquerido, investigado. Estes saberes serão reavivados de forma diferenciada, inclusive a historiografia da literatura, dos contos e canções, do imaginário popular, imagens e quadros, também a pintura e a gravura...
Esta reativação do popular e do acervo das idéias, das manifestações artísticas, inclusive a poesia e o romance, propõe novo modelo à população, categorias de arte e ciência, de relacionar com a sociedade – Sociologia, psicanálise e as psicologias, Antropologia, história da arte etc.
Durante o Séc. XX assistirão ao acelerado progresso científico: novas idéias e teorias, a instalação das novas tecnologias e descobertas, a técnica para o homem Ocidental prolifera...
O cinema e a televisão, a arte e a imprensa, o jornalismo, a propaganda e marketing, também os cuidados para com a população, o acirramento das forças revolucionárias do estado, a reorganização das nações, o controle da saúde, da produção de alimentos, significa, como já disse a radicalização do estado, o estado Total, o estado nação realizado...
As lutas sociais após as duas guerras ocasionaram os levantes, a liberação das mulheres, as idéias socialistas ao bojo dos movimentos políticos, a idéia de transparência na imprensa, modelos instaurados nas instituições para uma incerta liberdade, lutas por direitos sejam quais forem, cartas promulgadas para eventuais conquistas, reivindicações de todos os lados, isto foi o Séc. XX...
O desenvolvimento industrial e a melhorias das condições da produção de objetos úteis: tornaram-se sensíveis e alarmantes. A produção e as máquinas alteram o modelo antes instalado. O desenvolvimento industrial é instalado no planeta e também certo acesso às mercadorias e serviços...
Só então o saber começou a ser instrumento das lutas. A tornar-se apto e a engajar-se nas reivindicações. As grandes revoltas populares instalam-se e combatem o “Estado”. Há revoltas nas prisões e contestação da psiquiatria, revigorar das artes, a loucura vista como positiva, direitos dos jovens e universitários, movimentos estudantis, o frenesi do rock, a moda e o corpo da mulher liberado: as reivindicações crescem e todo os tipos de lutas sejam raciais ou culturais ou das instituições proliferam...
Esta nova mentalidade contemporânea ganha força. O poder aquisitivo das pessoas cresce. O direito a vida e ao corpo, também a liberdade e a libertinagem, avulta. As diferenças raciais são vistas e repensadas, as novas culturas e saberes, os novos domínios, tornam a realidade atual muito mais complexa...
A educação das crianças, a nova idéia de família, de comando e chefia, os cuidados com os pertencentes a novas classes sociais, fatias da população, mostram e denotam uma politização das classes populares, o direito à expressão e igualdade econômica, o acirramento e conseqüente complexidade da realidade atual...


Marcos S. Oliveira é Licenciado em História

SOBRE A TELEVISÃO

Partiremos do principio de que uma mesma mensagem induz interpretações diferentes.
A televisão promove o fato e os acontecimentos da sociedade interativa e jornalística: televisiva.
Admito que sem a televisão nossa vida social, as diferentes classes e o público com suas escolhas, as idades da vida, cairiam na monotonia: monotonia do pensamento e da informação.
A Tevê aberta para o expectador que procura programação e gira os canais em busca de entretenimento, oferece larga escolha e mantém o público defronte da Tevê.
A Tevê promove o enfoque, o que está em pauta, o assunto, a moda, esta é sua positividade, chamar a atenção do público, comunicação e até as lutas...
O telespectador em diferentes horários espera da Tevê programações diferentes, digamos: música e informações acerca das artes, documentários, notícias e novelas, filmes e entrevistas. E também vai buscar na oferta da Tevê, na programação o que procura, mas também conta com a criatividade da emissora, que ela forje a novidade.
O brasileiro quase nunca polemiza a edição das imagens, o que vai pela tela da Tevê. Para ele os recursos técnicos da Tevê ainda não são objeto de especulação, de entrada do público nos bastidores e estúdios, fazer da imagem, da edição, técnica para ver e pensar, ou entretenimento para a visão. Devido a isto, os filmes mais artísticos, os comentários são ainda simplórios e inocentes...
O “Big Brother” ou a televisão interativa, daquela que busca a opinião do telespectador, que entrevista, que pede a opinião, tende a caminhar a passos largos, pois mantém o telespectador atento e participante da programação.
A Notícia e os escândalos políticos, a voz dada às autoridades, as pessoas destacadas para certos ofícios que se apresentam eventualmente, o jornalista televisivo é bastante sucinto.
As entrevistas e “bate papos” agradam ao telespectador mais culto: na medida em que ensina.
A produção televisiva é gigantesca: pois encerra vídeos, filmes, documentários, notícias e larga escolha de pessoal destacado para o “Ibope”. O fazer o telespectador ficar preso à tela de Tevê. De todo modo há aí: o estar “Hipnotizado”...
Programas científicos e veiculação de conteúdo confiável para a as ciências, teorias recentes, descobertas científicas são satisfatórias e o público é grande...
A televisão é mais completa que o cinema: pois aí não existe apenas uma forma de narrativa, mas sim várias formas em oferta, o público na Televisão aberta e parabólica, sempre encontra o que procura.
A relação da imprensa jornalística com a tevê, de escritores e autores, com a produção livresca e de jornais e revistas, encontram seu meio e relações próximas: amigáveis. Digamos que existe uma interação entre a Tevê e a imprensa escrita.
Existem programações para os jovens e crianças. Desenhos, músicas, modas e estilos propostos, escolhas. Que formam um mercado e estilo de época, proposta de entretenimento e educação, escolhas de vida.
A televisão hoje é tão necessária que mal podemos imaginar viver em sociedade sem esta.
De todo modo por vezes aborrece, mas como ela está aí, ao alcance da mão, retornamos à sua programação.
A televisão brasileira é um grupo econômico deveras interessante, tem algo a dar, a oferecer.
As tevês públicas com seu público escolhido ficam no ar na medida em que tem a proteção do estado, são úteis.
A televisão caminha com a proliferação dos canais para público específico, a especialização.
As grandes emissoras serão de oferta múltipla, todo tipo de programação...

Marcos S. Oliveira é Autor pela Academia Brasileira de letras.

Ensaio Literário

Considero pré-modernista a Manuel Bandeira e Cecília Meireles pelo fato de em seus trabalhos (poesia) o elemento lírico presente, mas com criação e sem estudo de estilística, o que caracteriza o moderno, fora de regras definidas e o elemento autoria presente. Mário de Andrade é Modernista por que há personagens e estética, obras comentadas, teatro de autores, recolha de impressões literárias. Drummond tem uma estética definida (Procura da Poesia) roteiro de como fazer versos. Mas ainda não é como Ferreira Gullar: livre de imposições com manifesto e contemporâneo. O Romantismo de Alberto de Oliveira à parte neste texto sincrético. Jovem e rebelde dentro de seus limites, inventivo e amoroso, com certo teor mórbido. O Romance em Machado de Assis ou em Guimarães Rosa traz vida a personagens, há a liberdade de gerar o sujeito da obra, o caráter. Mas estão vivos no universo da escrita. A Poesia Portuguesa com Florbela Espanca, Fernando Pessoa e Cesário Verde: atinge o ápice. Os escritores atuais, poetas, estão enredados em uma proposta de poesia para onde não se enxerga a saída para a boa poesia portuguesa já feita – o dilema do poeta atual português. O Brasil e os poetas brasileiros desta geração do Séc. XXI estão apaixonados pelo trabalho com a linguagem, experimentação e inovação: busca da marca própria. Caráter pessoal do poeta. Eles estão dispostos a trabalhar a poesia. Esta fala nada mais é que episódio. Este ensaio tateante.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

DIÁLOGO

O que é a análise para Lacan? A que serve o pensamento analítico e a psicanálise? A principio afirmamos que serve também para autoanálise. Para ajuda de pacientes com casos clínicos? – Nem sempre...
Aproximar Lacan e Sartre é muito difícil. Encontrar um elo que os aproxima é muito inverificável. De todo modo, a dialética e a análise tem algo em comum? – Não!
- “Me dá um desejo de morte ou de dor...”. – Lacan comentaria esta improvável fantasia ou queixa? Falaria da pulsão de morte ou de Tânatos, diria que a vida não é só prazer e que o paciente deve recalcar seus desejos, comportar-se bem. Que a cultura e a vida social, não permitem muitas liberdades.
Sartre por sua vez diria: - “Você deve engajar-se e lutar, engajar seu desejo em algo material, promover a existência em algo essencializante, primordial, a luta pela produção social de bens materiais desejáveis, algo eminentemente positivo, não-alienante, possivelmente bom politicamente. Eis o meu desejo engajado no plano político”.O que é estar em falta com o desejo? Lacan diria: - “A busca desregrada do prazer e desejo. Não respeitar a lei. Mas também perder o objeto de desejo e o desejo de seu a. O objeto a psicanalítico nada mais é que o desejo engajado - diria Sartre”.

Luta Política

Sartre está mais para o lado da fenomenologia ou de um existencialismo que propõe. Ele raras horas aborda concisamente o desejo. O rapaz do “O Existencialismo é um Humanismo”, se vai à guerra ou fica com a mãe e a família, Sartre diz que ele fez o certo - escolheu. Paga o preço da consciência. Ser sujeito de si. Até na submissão somos livres. Existem pequenos aparelhos de poder que se impõem. São bastante ardilosos. É desejo fascista. Combater diariamente esta máquina desejante – o fascismo ou o nazismo – é angustiante. Há pessoas que são “chefezinhos”. Agem de má fé. Porém seu desejo não é liberto. Eis o que Sartre critica em política – a de “De Gaulle”: por exemplo. Sartre aceitou o comunismo. Escreveu livros de política e prática marxista - dialéticas. Em “Maio de 68” foi militante político. Não se queria mais partidos para a revolução, não se falava de tomar o “poder de estado”, mas a questão do desejo, liberar, desentravar - a satisfação. Surgiram pessoas como Deleuze e Guattari ou mesmo Baudrillard, Foucault. O que se ambicionava era o desejo, a revolução. Um novo conceito de revolução – certo individualismo sim. Sartre quanto a esta questão – silenciou. Mas lutou. O último intelectual clássico. Percebe-se nova forma de intelectual. Junto às massas com palavras de ordem. O desejo para todos nesta época era eminentemente político. Desejar é fazer “a” política individual e coletiva, social e desejante. Ansiar e desejar, satisfazer as pulsões é fazer política. A propaganda de massa atrapalha. A indústria procura satisfazer a produção de objetos. O socialismo de Sartre age seu desejo como engajo. Sartre deseja fazer arte, peças de teatro, romances, amar “Simone de Beauvoir”. Aceita o feminismo. Não quer ser familiarista, certa liberdade sexual. Foi motivo de polêmica. Pequeno burguês atuante – provocava seu sorriso de mofa. Sartre viveu a segunda guerra mundial e a reconstrução da Europa. Combateu e foi metereologista. Não aceitou o Prêmio Nobel. Muito controverso. Sabia perfeitamente o que os fascistas desejam. Embora adote práticas militantes de esquerda. Em “O Ser e o Nada” escreve capítulo exclusivo à Psicanálise. Mas não tinha a clareza de um Guattari quanto ao desejo em “O Anti-Édipo”. Ou de um Baudrillard em “O Sistema dos Objetos”. A liberdade era algo tão patente para si quanto fazer política. Engajar o desejo muitas vezes praticou - distintamente.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Razão e Política

O que é a felicidade? - O ideal de humanidade realizado no homem. A completude do ser humano. O bem viver e agir, o estar na cidade como bom cidadão, atuando de forma racional e controlando seu lado irracional, prazeres e desejos e agindo suas reações. De forma ampla e em linhas gerais – em um rasgo primeiro. A busca da satisfação do ser humano não é apenas a felicidade e o sumo bem realizado para si na cidade, mas, o que é mais interessante, agir racionalmente e ser verdadeiro. Não há felicidade sem se saber a verdade do sumo bem. Trilhamos o caminho em direção ao agir racional quando conhecemos a verdade. O indivíduo em primeiro lugar deve se colocar a questão: o que é a verdade? E depois de conhecê-la (o bem primeiro, a felicidade, o viver bem, o agir racionalmente, o atuar como cidadão conhecendo como deve agir em prol da cidadania, da política racional - o bem geral).
O homem individual realiza em si o ideal da humanidade e outros indivíduos participam deste bem. Ser feliz é viver bem. Ninguém é feliz por nada. Agir de modo racional implica realização e completude – o verdadeiro bem. Atuar na cidade segundo as regras racionais e praticar o bem para a cidade, enquanto indivíduo significa estar ao lado de outros indivíduos felizes, racionais e atuantes, a formação da cidade de modo racional. Sou feliz por que tenho as necessidades satisfeitas, por que ajo racionalmente e me conheço enquanto indivíduo e sei do que sou capaz, minha função na cidade, seja de governante ou filósofo – é racional e bom.

INCONSCIENTE

Ah! A Razão!
Nós diríamos: - “O Inconsciente é um museu, de símbolos, signos e arquétipos, imagens, sonhos e delírios”. Um “museu de grandes novidades”. “O inconsciente é estruturado como uma linguagem” – diz Lacan. Sartre afirma que o desejo deve engajar-se, prender-se e grudar-se a um objeto. Objeto político de desejo. O museu do inconsciente. O desejo de Lacan e Sartre onde se encontram?
Usando uma linguagem fisiológica, Sartre com a voz ativa na política, entre a multidão desejante e engajada, pronta a lutar, Lacan com seu silêncio na escuta do analisando, a transferência, o olhar sobre o gesto do paciente no divã, os seminários eventuais, a re-leitura de Freud incessante, o buscar o pré-texto, a língua original. Sartre e a arte nas revistas da época, o café em Paris, seu cigarro aceso, falar com o operariado, criticar o PCF francês, aulas em Sorbonne de cunho “imaginário e intelectual” – o papel do intelectual engajado. Lacan com seus chistes de linguagem, atos falhos, comentário de quadros, um basta na polidez e extravagância. A psicanálise e o psicanalista como forma de vida e estilo. O pensamento analítico. Uma analítica do poder. Mil demônios. Legião e corja de demônios.

domingo, 5 de junho de 2011

CINEMA

Estaremos sendo vistos quando olhamos para a tela? O enquadramento do espectador? Senão o quê seria o cinema? Um olho - grande olho para as imagens do mundo? O "real" não seria uma imagem que prevalece? As narrativas de cinema nos conduzem a experimentar ou bem enxergar a "transcendência" do mundo - seu caráter incerto de imagem que falseabiliza o modelo - a imagem verdadeira contestada?